COVID 19 SAÚDE

Ministério da Saúde libera vacina da Pfizer para crianças a partir de 6 meses

O Ministério da Saúde decidiu ampliar a vacinação contra a Covid-19 com imunizante da Pfizer para todos os bebês e crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses. A nova recomendação foi divulgada em nota técnica do Programa Nacional de Imunizações (PNI), assinada em 23 de dezembro.

A orientação só passa a valer, porém, quando a portaria com a recomendação final da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) for publicada. A expectativa da pasta é que isto seja feito ainda nesta semana.

Até então, o governo federal havia restringido as primeiras doses da chamada Pfizer baby para crianças de 6 meses a 2 anos que tivessem alguma comorbidade. O imunizante, no entanto, foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para crianças de 6 meses a 4 anos, sem restrições de aplicação, em 16 de setembro deste ano.

Em novembro, o Ministério Público Federal (MPF) enviou um ofício à Saúde, recomendando que a pasta adquirisse a quantidade suficiente de vacinas para realizar a imunização de crianças de todas as idades, a partir de 6 meses. Também foi estabelecido um prazo de cinco dias para a apresentação de um plano de ação sobre o tema.

No Ministério da Saúde, o assunto passou por análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que deu parecer favorável à aplicação da vacina para crianças até 4 anos com ou sem comorbidades, no início de dezembro.

Próximos passos

De acordo com a nova normatização, a aplicação do imunizante ocorrerá de forma escalonada, priorizando as crianças com comorbidades.

Para os pequenos sem doenças sem fatores de risco para desenvolver a forma mais grave da doença, a vacinação ocorrerá na seguinte ordem, com base na faixa etária:

  • bebês de 6 meses a menores de 1 ano;
  • crianças de 1 a 2 anos;
  • crianças com 3 anos;
  • crianças com 4 anos de idade.

Crianças que foram vacinadas com a Coronavac devem terminar o ciclo de vacinação com o mesmo imunizante, e não com a Pfizer baby.

O documento do PNI também altera a recomendação de intervalo entre as doses para crianças. A nova orientação estabelece que as duas primeiras doses sejam aplicadas com um intervalo de quatro semanas e não de três semanas, como é proposto pelo laboratório fabricante da vacina. A terceira dose deve ser aplicada pelo menos oito semanas após a segunda.

Fonte: Metrópoles