Apesar de não estar no Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser responsabilizado pela invasão no Distrito Federal caso surjam provas de que ele estava envolvido nas ações. Os atos de vandalismo aconteceram neste domingo (8).
Na ocasião, manifestantes que apoiam o ex-mandatário depredaram prédios dos Três Poderes, como Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a invasão, quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos.
A responsabilização de Bolsonaro pode ocorrer se ficar comprovado que ele financiou, instigou ou orquestrou as ações. À Folha de S. Paulo, o professor do Insper, Diego Werneck, avalia que o político deveria ter sofrido impeachment por incitar as pessoas contra as instituições ao longo do mandato.
“Agora que saiu do cargo, os instrumentos e critérios para apurar responsabilidade são outros. No mínimo, se entendermos que o que ocorreu hoje em Brasília foi crime, seria necessário discutir a responsabilidade penal de Bolsonaro por ter incitado”, disse ao portal.
Em janeiro de 2021, Bolsonaro afirmou que se o voto impresso não fosse introduzido em 2022, o Brasil teria “um problema pior que os Estados Unidos” – que na época teve o Congresso invadido por seguidores de Donald Trump. Essa parte da população, assim como ocorre com os bolsonaristas, estava insatisfeita com o resultado das eleições.
É por essa razão que o episódio de ontem vem sendo chamado de “Capitólio brasileiro” por parte da imprensa internacional, que ainda destaca que o ocorrido em Brasília foi muito pior do que o visto nos EUA.
Fonte: Yahoo Notícias