Duas famílias do Sertão de Pernambuco passaram por transtornos no último sábado (8). O corpo de Márcio Antônio Marçal, de 26 anos, que deveria ter sido entregue à família no distrito de Rajada, na Zona Rural de Petrolina , acabou sendo enviado para outra família, em Jutaí, na cidade de Lagoa Grande.
A avó de Márcio, Dona Benedita, foi quem primeiro percebeu o erro. Logo após, a prima. Elas notaram que o jovem possuía uma tatuagem diferente no braço.
Márcio sofreu uma queda de cavalo no último sábado (8) e foi levado ao Hospital de Traumas, em Petrolina, ainda com vida. Ele ainda andava e falava, se queixava de uma coceira intensa no nariz e nos ouvidos. Sua cabeça não possuía nenhum sangramento, apesar do impacto sofrido. Por não conseguir atendimento, retornou à Unidade Básica de Saúde (UBS) de Rajada, segundo a família, novamente o jovem não foi avaliado. A família revoltada decidiu voltar ao hospital, por volta das 23h do sábado. Na manhã do domingo (9), receberam a notícia do falecimento.
Em nota, o Hospital Universitário da Univasf, garantiu que Márcio foi devidamente acolhido na área de Urgência e Emergência e teve o atendimento providenciado conforme os critérios oficiais de classificação de risco. Disse ainda que ele foi prontamente atendido pelas equipes de saúde, passou por avaliação e foi submetido a exames. O HU se colocou à disposição para maiores esclarecimentos sobre o caso e solidarizou com a dor dos familiares.
A Secretaria de Saúde de Petrolina afirmou em nota que, no sábado, o paciente se recusou a ser atendido na UBS de Rajada e, mesmo assim, a equipe foi realizar um atendimento domiciliar, que também foi recusado. De acordo com a secretaria, a equipe identificou que Márcio Antônio estava consciente e andando, por isso retornou para a UBS. A nota afirma ainda que o paciente, como ocorre em casos de acidente, foi encaminhado para uma avaliação médica em hospital através da ambulância social da unidade.
Fonte: g1 Petrolina