CULTURA

Opinião: UMA REFLEXÃO SOBRE OS LOUCOS

Nascido nas barrancas do velho chico e contando com a proteção de nossa senhora das grotas ainda me pego lembrando dos “doidos”(as) da nossa provinciana cidade.

João Doido e seus pedidos por uma calça, Jiquitaia e seus palavrões, Legal cheirando gasolina, Marilu; que dava uma rima retada ao provocá-la, Maria Pôpa de pau; e seu cabelo diferenciado, Zezão e sua risada assombrosa, Costinha e suas metáforas e tantos e tantos.

O que sempre me cativou nos “doidos” foi a capacidade deles de me fazer sorrir e rindo fui atraído por esse povo diferente e capaz de melhorar meu humor.

O jeito de falar, o gesticular, as caretas, as roupas, os palavrões, os cabelos, os olhos… os olhos dos doidos são diferenciados, tem um brilho intenso e são capazes de nos amedrontar.

Uns, passam caminhando sem nos importunar, outros gritam e chamam a nossa atenção, outros são provocados pelos “guris” o que provoca palavrões e correria.

 O que mais gosto quando converso com um doido são suas filosofias sobre tudo…eles são capazes de saber do futuro como se já tivesse vivido esse ponto de interrogação na vida humanoide.

Muitas vezes, depois uma “prosa” com um doido saio com uma quase certeza de que eles são normais e o restante do mundo são doidos de jogar pedras na lua.

Como tem doido nesse mundo. Doido gari, professor doido, médico louco, policial maluco, prefeito doido, amigo doido e até quem escreve sobre os loucos deve ser doido também.

Poetom