No dia 12 publicamos que os moradores do município de Curaçá denunciaram o ICMBIO e o CEMAFAUNA [Curaçá: Comunitários denunciam o ICMBIO e do CEMAFAUNA por crime ambiental ] que estaria cometendo crime ambiental ao exterminar as abelhas africanizadas ou europa na área de preservação das ararinhas-azul. A pesquisadora Camile Lugarini (ICMBIO) manteve contato com a nossa redação para esclarecer que não procede a denuncia, e enviou uma nota.
Confira:
Prezados, gostaria de dar um retorno para vocês a respeito das estopas encontradas próximas a uma árvore que passou por controle da espécie de abelha exótica invasora, a Europa ou Africanizada.
Nós, do ICMBio, em conjunto com pesquisadores da UNIVASF, estamos testando métodos de controle das abelhas invasoras, que ocupam o local das Meliponas, prejudicando a polinização de plantas da Caatinga, assim como da ararinha-azul.
As abelhas africanizadas também são implicadas no ataque a pessoas e animais. Os métodos utilizados envolvem o que está recomendado na literatura e um novo método com gás carbônico, com o tamponamento do ninho após a eliminação do enxame. Também estamos utilizando caixas isca com cera alveolada para atrair novos enxames. É importante frisar que, as abelhas já instaladas não saem dos ninhos, sendo necessária a eliminação do enxame. O própolis, a cera e outras resinas servem de atrativo, chamando novos enxames após a eliminação. Portanto, utilizamos a tamponamento com ESPUMA ou, mas recentemente, ESTOPA para não termos que utilizar inseticidas que são mais eficientes, mas com prejuízo em longo prazo ao meio ambiente.
Alguns ocos são abertos no período reprodutivo das aves para facilitar a utilização das maracanãs, ararinhas e outras aves que fazem ninho em OCOS. Nos causou estranheza a quantidade de estopas encontradas. Pensamos primeiramente que teria sido esquecimento da equipe. Mas a equipe esteve lá a última vez em junho de 2023. Então, suspeitamos de algum animal silvestre que possa ter escalado árvores e retirado uma grande quantidade de estopa para acessar o ninho. Se for este o caso precisaremos investigar cientificamente. PORTANTO, PEDIMOS AJUDA: SE VOCÊS VIREM ESTOPAS ESPALHADAS POR AÍ, POR FAVOR NOS COMUNIQUEM. Em novembro recomeçaremos nosso monitoramento de árvores controladas, com dois estudantes da UNIVASF percorrendo os riachos e teremos uma ideia melhor do que está acontecendo nestas árvores com controle dessa espécie prejudicial para as nossas nativas.