PERNAMBUCO PETROLINA

Miguel Coelho critica malabarismo tributário do governo do estado: “não adianta reduzir IPVA e aumentar o ICMS”

Miguel Coelho voltou a questionar a estratégia tributária adotada pela governadora Raquel Lyra em Pernambuco. O aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi duramente criticado pelo ex-prefeito de Petrolina e outras lideranças políticas do estado. Miguel retomou o debate nesta quarta-feira ao ironizar a redução abaixo do esperado sobre IPVA.“Não adianta reduzir o IPVA e aumentar o ICMS. O IPVA (de um ano) representa cerca de 10% da arrecadação do ICMS. Isso é apenas um malabarismo tributário que tenta levar as pessoas a acreditarem que houve queda nos impostos. O Governo do Estado apertou ainda mais o consumidor sem trazer benefícios concretos para a economia dos pernambucanos. Para cada 1% que subir o ICMS, anula 10% de redução do IPVA, além do fato que a população de baixa renda será fortemente afetada com o aumento do ICMS, que se traduzirá em repasse ao preço dos produtos e a fuga das empresas do nosso estado”, declarou Miguel Coelho.O embate ganhou mais peso após um estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE). Esse estudo indica que o aumento do ICMS poderia resultar em uma queda de até 8,4% nas vendas dos setores de bens não duráveis, como alimentos e bebidas, e semiduráveis, como vestuário e calçados. Além disso, alerta-se para possíveis consequências, como demissões, redução de jornada de trabalho e até mesmo o fechamento de estabelecimentos comerciais.O aumento do ICMS também teria impacto direto no bolso dos consumidores, aumentando os preços de produtos alimentícios, conforme apontado pelo estudo da Fecomércio-PE. “O pernambucano está cansado de imposto. Aumentar arrecadação não significa melhoria no serviço. O alerta da Fecomercio reforça o que nós, diversos deputados e outras lideranças vínhamos falando. É fundamental que seja revisto esse aumento do ICMS para não gerar prejuízos reais para uma economia que já está fragilizada em nosso estado”, afirmou Miguel Coelho.