BAHIA

Os efeitos da queda de popularidade de Jerônimo nas eleições

A oposição baiana não tem comemorado apenas a vantagem expressiva do prefeito Bruno Reis (União Brasil) na disputa por Salvador. O grupo político também tem celebrado a segunda queda de popularidade do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que foi apontada pelo instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira (4).

A avaliação entre os oposicionistas é de que, se Jerônimo Rodrigues permanecer com a desaprovação crescendo em Salvador, o governador vai acabar afundando a pré-candidatura de Geraldo Júnior (MDB) a prefeito da capital. Ou seja, em vez de impulsionar a candidatura do emedebista, o petista pode causar o efeito contrário e fazê-la naufragar.

A consulta desta terça-feira mostrou que a desaprovação de Jerônimo Rodrigues voltou a crescer na capital e atingiu o recorde de 43,1%. A aprovação é de 52,8%. Os que não souberam ou não opinaram somam 4,1%.

Para piorar, a pesquisa apontou ainda que o governador, que em tese é a maior força política do estado, só é o quarto político capaz de gerar alguma influência no estado. Mas só 17,8% dizem que com certeza apoiariam um aliado dele, enquanto quase a metade do eleitorado soteropolitano (47,9%) afirmou que jamais votaria no nome indicado por Jerônimo Rodrigues.

Tábuas de salvação

A oposição avalia ainda que Geraldo Júnior corre o risco de ficar sem as duas tábuas de salvação durante a eleição. Além de ter um governador com a impopularidade em alta, ele pode não ter o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem dados sinais de que ficará ausente. Nesta quinta-feira (6), quando o emedebista irá oficializar sua pré-candidatura a prefeito, Lula não estará presente e já mandou a avisar.

Provocação

O deputado estadual Tiago Correia (PSDB), da bancada de oposição, provocou o governador após a nova redução de popularidade. “É preciso um freio de arrumação imediato, pois se Jerônimo Rodrigues não apresentar mudanças rápidas nos indicadores do governo e o ritmo de queda na aprovação se mantiver, poderá se tornar o governador mais impopular da história”, afirmou o tucano.

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