Os servidores técnico-administrativos (TAEs) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) rejeitaram uma nova proposta de negociação do governo federal e decidiram manter a greve, que já dura mais de 50 dias.
A decisão foi tomada em uma assembleia realizada na quarta-feira (19), onde 90% dos servidores votaram pela continuação do movimento.
A greve dos TAEs da Univasf começou após uma assembleia da categoria realizada no dia 25 de abril. O movimento afeta os campi da Univasf em Petrolina e Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, e em Juazeiro, Senhor do Bonfim, Paulo Afonso, na Bahia, além de São Raimundo Nonato, no Piauí. Apesar da paralisação, as aulas seguem normalmente, uma vez que os professores decidiram não aderir à greve em assembleia realizada no dia 19 de abril.
Segundo Kairon Sampaio, servidor público da Univasf e membro do comando de greve, a nova proposta do governo apresenta melhorias em relação às anteriores, mas ainda possui algumas incongruências. “O governo fala em uma proposta mas, não muito bem, em uma certeza de garantia para os servidores. Diante disso, o comando da greve está nas tratativas da implantação e da certeza”.
Os técnico-administrativos continuam reivindicando pontos importantes, como a progressão do mestrado, que pode aumentar o salário em 52%, conforme o barema de pontuação. “Tem o barema, que é uma tabela de pontuação em que o técnico pode desenvolver atividades para pontuar e, fazendo 100 pontos nesse barema, ele consegue atingir o 75%, que é o incentivo do doutorado, sem fazer o doutorado. Isso é um ponto muito crucial para os técnicos administrativos, já que os professores têm isso, então a gente queria que os técnicos também tivessem isso“, explicou Kairon.
A proposta atual mantém o aumento salarial dividido em dois anos, com reajuste de 9% previsto para janeiro e 5% para 2025 e 2026, além de outras remunerações. No entanto, outras pautas ainda precisam ser negociadas. “Ainda tem outras pautas, que são não remuneratórias e pautas democráticas, que serão tratadas em reunião com o MEC no dia 25. Ficou acordado, tanto pela Univasf quanto pelas outras instituições, a manutenção da greve até a finalização dessas outras pautas. E tentar mais uma vez uma conversa para melhorar um pouco mais as questões remuneratórias“, destacou Kairon.
Os servidores seguem aguardando uma solução que contemple suas demandas e garantias, enquanto o movimento de greve continua.
Fonte: g1 Petrolina