BAHIA

Jerônimo minimiza vaias em Amargosa e ataca ‘jornaleco’ da família de ACM Neto

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) minimizou as vaias que recebeu durante o São João de Amargosa, no domingo (23), e atribuiu o ato à “meia dúzia de meninos” do MBL (Movimento Brasil Livre), que ajudou a derrubar Dilma Rousseff da Presidência em 2016.

Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (26), ele atribuiu a repercussão negativa do episódio ao que chamou de “panfleto” e “jornaleco” de ACM Neto, em referência indireta ao jornal Correio, pertencente à família do ex-prefeito de Salvador. Segundo o periódico, a reação do público se deu após petista interromper a apresentação do cantor Flávio José.

“Não houve isso [de interromper], não. Teve um jornal aí que não contribui com a democracia. Tem jornal que fica dando furo daqueles que não adianta [sic]. Flávio José me saudou, saudou o prefeito [Júlio Pinheiro] e me chamou para dar um abraço. Devia ter ali uma meia dúzia de pessoas dando vaias. Tem um movimento aí de meninos, MBL, não é desrespeito, não, e nada contra os meninos, mas que fica procurando motivos. Três pessoas fazendo uma carreata, um buzinaço com ‘Fora, Lula’. “Eu quero que eles juntem pessoas e venham discutir conosco política pública. A gente se desgasta”, justificou o governador, que entrou no palco acompanhado do prefeito Júlio Pinheiro (PT) e do secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro.

Um vídeo que transmitia a festa mostra Jerônimo acenando e fazendo coração com as mãos mesmo diante de vaias.

Ao prosseguir com as críticas à publicação da família de ACM Neto, Jerônimo nega ter interrompido o show do forrozeiro paraibano. “O jornal, o oficial do ex-prefeito, ao invés de ajudar um bom debate do São João, fica trazendo elementos que podem atrapalhar um São João bonito, como foi o de Amargosa. O prefeito Júlio vai encerrar o seu mandato de oito anos colocando no top o São João de Amargosa”, acrescentou.

“Todo mundo sabe que eu não gosto de ficar me aparecendo, [mas é obrigação minha]. Agora é um jornal que todo dia… acho que é amor. Se for amor desse tipo, eu abro mão, não quero. Todas as vezes que esse jornal, esse panfleto, quiser fazer política, pode ir no meu gabinete, que eu atendo e dou informações para ele.”

O petista disse que não havia qualquer profissional do jornal cobrindo o evento. “Pegou a matéria de duas ou três pessoas, fazendo uma conversa miúda. É uma boa informação para o jornaleco”, atacou.

Fonte de informações: Bahia.ba

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