JUAZEIRO

Diálogo promovido pela Aciaj, com o apoio da CDL e Sindlojas avança entre instituições e comerciantes sobre a Obra da Travessia Urbana

Nesta sexta (19), a Associação Comercial Industrial e Agrícola de Juazeiro (Aciaj), com o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindilojas reuniu, pela terceira vez, os responsáveis pela obra, em andamento, da Travessia Urbana com o objetivo de discutir e encontrar soluções para diminuir os transtornos causados, principalmente aos comerciantes locais. Foram convocados para a reunião representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da empresa executora da obra, CLC, do Consórcio JBR Astep, da Prefeitura Municipal de Juazeiro, empresários e comerciantes. Apenas a PRF não enviou representante.

A obra completa um ano de seu início em 01 de agosto e a queixa de comerciantes do Arco da Ponte é que não há um projeto para realocação dos permissionários para outra área estruturada. Já as reclamações dos empresários da Avenida da Estação, no Bairro Piranga é que há uma falta de comunicação, de ordenamento, de iluminação e de sinalização. Segundo eles, a mobilidade urbana na área está comprometida, e a segurança pública também, problemas causados pela condução da obra.

Na reunião ficou decido que dia 1º de agosto haverá um novo encontro para que a Prefeitura apresente o projeto estrutural para acomodação dos permissionários do arco da ponte. Esta nova reunião acontecerá às 14h, no auditório da Aciaj. O secretário da Semaurb, Leo Bandeira, explicou que a prefeitura elaborou um projeto com a previsão de 24 boxes, localizado no Bairro Alto da Maravilha, orçado em R$ 1,5 milhão, mas que precisa “correr atrás de viabilidade financeira”. De acordo com ele, a PMJ dará a cessão de uso aos comerciantes relocados na nova área.

Várias ideias foram discutidas para formatação de um novo espaço, uma espécie de centro comercial e gastronômico para alocar os permissionários. Além da realocação dos permissionários, foi mencionado sobre projeto de padronização dos boxes, a construção de uma estação de transportes alternativos e a instalação de agulhas para melhorar a trafegabilidade no entorno da obra de Travessia Urbana. Foi formada uma comissão dos comerciantes para estreitar o diálogo com o DNIT e com a PMJ.

Representando a CDL e o Sindilojas, Murilo Matos, ressaltou que “se faz necessário um pacto público para ações que fortaleçam os permissionários e empresários atingidos com a obra”.

Para o presidente da Aciaj, George Falcão, foi mais uma reunião com saldo positivo. “Estamos conseguindo juntar todas as partes importantes e interessadas para que esta obra ocorra com o mínimo de dano à população e aos comerciantes da área da obra, para que haja um diálogo e a obra possa avançar com menos consequências negativas possíveis. O diálogo já acontece entre as instituições e os comerciantes e isso é um passo importante neste processo”, disse.

Falcão também solicitou do superintendente do DNIT- Bahia, Roberto Alcântara, atenção as reivindicações dos comerciantes do Bairro Piranga.

Reunião com empresários e empreendedores da Avenida da Estação, Bairro Piranga

Os relatos ocorreram em reunião com o presidente da Aciaj, na última quinta (18).Os comerciantes do local expuseram a falta de atenção das autoridades com a população de Juazeiro e com os comerciantes das áreas do entorno da obra provocou a queda brusca do faturamento de comerciantes, e muitos empreendimentos estão fechando as portas porque as vias principais e secundárias foram obstruídas sem aviso prévio, para que houvesse tempo hábil com medidas de acesso Avenida da Estação, no Bairro Piranga.

O proprietário da rede de postos da cidade, Nilton Evangelista, relata que “faltou revisão e planejamento desde o início da obra e os problemas estão cada vez mais prejudicando os moradores e os comerciantes das mediações da obra, principalmente os localizados nas proximidades das BR’s 235 e 407. A mobilidade nos trechos da obra está totalmente comprometida, e nunca foi apresentado um cronograma para etapas da obra, não fomos avisados sobre a interdição da área comercial do Bairro Piranga, não existe uma sinalização para o motorista e motociclista sobre as mudanças da via de trafego ao Centro da cidade e ainda houve um descumprimento da CLC de um acordo que fizemos no mês de abril”.

Os comerciantes da Avenida da Estação apresentaram um documento de um acordo para a instalação de uma agulha, cuja alternativa serviria para evitar o isolamento do bairro e a implantação de passarelas e de iluminação para garantir a segurança dos transeuntes, mas o acordo não foi cumprido pela CLC e pelo DNIT.

“O que temos são meios fios quebrados, calçadas destruídas, falta de acesso ao Bairro Piranga e adjacências, a mobilidade da bifurcação comprometida, o trafego tumultuado, com vários registros de acidentes diariamente, falta de faixa de pedestres, não tem redutores de velocidade nas vias expressas, e zero manutenção no acesso ao bairro”, listou Marcos Antônio, proprietário da Drogaria Barbosa.

Decisão

A 4ª reunião ficou agendada para 1º de agosto, às 14h, na sede da Aciaj, com todas as instituições convidadas para apresentação do Projeto da Prefeitura, uma vez que está prevista para até novembro a saída de todos os 34 permissionários do arco da ponte.

Após ouvir todas as demandas e explicações, a Aciaj pediu que os responsáveis pela obra, estabeleçam prazo para atender as solicitações repassadas na reunião, que as instituições esqueçam as diferenças políticas-ideológicas e elaborem uma logística com todos os atores da obra, Município, Estado e União, com o objetivo de avançar à obra e diminuir, ao máximo, os transtornos aos juazeirenses. “A Associação está intermediando estas discussões para promover um debate saudável entre as partes e definir ações que diminuam os transtornos à população e aos comerciantes de Juazeiro”, concluiu George Falcão, presidente da Aciaj Juazeiro.

Mônia Ramos – Jornalista
Ascom

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