Com mais de mil e seiscentas espécies catalogadas, os escorpiões são aracnídeos que podem causar danos sérios aos seres humanos. Em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, 70 casos de acidentes com esses animais foram registrados nos sete primeiros meses de 2024, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
Na região do Sertão de Pernambuco, a espécie mais comum é a Jaguagir Rochae, também conhecida popularmente como Escorpião da Caatinga, que é venenoso, mas não apresenta substância tóxica. Diferente do Thityus Stigmutus, conhecido como Escorpião Amarelo do Nordeste, que é capaz de matar vítima.
De acordo com professor da Univasf, Gustavo Frensch, os escorpiões não são agressivos e nem atacam o ser humano. Eles só se defendem quando se sentem ameaçados. E, nos meses de agosto e setembro, esses aracnídeos são encontrados em maior quantidade.
“O que acontece muito nos casos é quando se tem uma pessoa mexendo onde o escorpião está escondido, o animal se sente ameaçado e pica para se defender do ataque. O escorpião não ataca seres humanos, não ataca animais muito grandes, como é o nosso caso, em relação a ele. Ele se alimenta de insetos e outros aracnídeos, mas normalmente ele não ataca um ser humano. Acontece dele se defender do que ele reconhece como uma agressão, que é quando a gente mexe no habitat dele”, explica o professor.
Segundo o levantamento do número de acidentes com animais peçonhentos nos últimos cinco anos, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Petrolina, os casos envolvendo escorpiões vem diminuindo na cidade.
Em 2020 foram 216 casos. No ano seguinte, caiu para 176. Em 2022, 168 acidentes e, no ano passado, 164 casos de acidentes com escorpiões foram registrados. Já nos primeiros sete meses de 2024 o número caiu para 70.
Apesar dessa diminuição, é preciso ter cuidados, principalmente nessa época de reprodução dos escorpiões, como alerta o coordenador do Programa de Doença de Chagas da Sesau Petrolina, Francisco Freitas.
“Temos acidentes com escorpiões aqui no município, de janeiro a janeiro. O que a gente observa é que em alguns meses do ano, esse número de acidentes aumenta. Por exemplo, a partir de agosto, que coincide com a época um pouco mais quente aqui na nossa região, sempre vem acompanhado do aumento da incidência de acidentes no município”, explica.
Fonte: g1 Petrolina