Faltando menos de 20 dias para as eleições municipais, a empresa Fernandes Consultoria LTDA divulgou que na próxima quinta-feira (19) irá divulgar uma pesquisa de intenção de votos para prefeito em Juazeiro. Até aí tudo bem, afinal, pesquisas são um instrumento válido durante as eleições. O que é intrigante é que este foi o mesmo instituto que, em 2020, apontou a reeleição de Paulo Bonfim com 36% dos votos três dias antes das eleições municipais, onde o resultado foi outro, com a vitória da atual prefeita Suzana Ramos com 55,68%.
A pergunta que não quer calar é : Pode uma pesquisa ser tão errada assim? Ou por uma ENORME coincidência os eleitores selecionados viviam numa bolha de um candidato só? Eu não acredito em coincidências, ainda mais na eleição de uma das cidades mais importantes da Bahia.
Quando a pesquisa for publicada, será possível confiar num instituto que não cometeu um equívoco dentro da margem de erro e sim um ‘erro’ crasso, de mais de 20%, que não representava nem de longe a realidade do que Juazeiro já via nas ruas naquela época: Suzana era a preferida do pleito e a eleição só confirmou.
Pesquisas eleitorais podem influenciar nos votos úteis, aqueles em que o eleitor vota em quem tem mais chance, ou ainda o voto de veto, quando o eleitor quer fazer com que determinado candidato perca. O fato é que a ferramenta pode sim, auxiliar, mas não deve determinar a eleição, principalmente quando é realizada por um instituto que já mostrou que a sua credibilidade é um tanto quanto questionável.
É importante que o eleitor leve em consideração os projetos, os guias eleitorais, a quantidade de representação nas ruas, ouvir o que os candidatos têm a dizer. Porque se for se fiar só em certas pesquisas, vai apostar no lado errado da história e só quem paga é o próprio juazeirense.