No mês da Pessoa com Deficiência Visual é fundamental reforçar a importância da prevenção da cegueira e da inclusão de pessoas com deficiência visual. Muitos casos de perda de visão poderiam ser evitados com acompanhamento oftalmológico regular, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Os primeiros sintomas de problemas visuais podem incluir dificuldade para enxergar de perto ou de longe, visão embaçada, dores de cabeça frequentes, e necessidade de apertar os olhos para focar. Sinais de alerta que requerem atenção imediata incluem perda súbita de visão, visão dupla, flashes de luz, e manchas escuras no campo de visão.
Entre as principais causas de cegueira evitável no Brasil estão o glaucoma, a degeneração macular e a retinopatia diabética, doenças que afetam uma parcela crescente da população. “Investir em campanhas de conscientização e prevenção é uma das maneiras mais eficazes de reduzir os índices de cegueira evitável no país”, afirma o oftalmologista Dr. Celso Menezes Filho, professor do IDOMED e especialista em reabilitação visual.
O cuidado com a visão e a prevenção de doenças oculares começa logo na infância, com o teste do olhinho ao nascer e o exame oftalmológico no primeiro ano de vida, conforme recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP). Condições que podem levar à cegueira e baixa visão, como catarata congênita, tumores oculares e estrabismo, podem ser identificadas e tratadas desde o nascimento, o que melhora o prognóstico e a recuperação visual da criança.
Dr. Celso também destaca a importância de não adiar consultas médicas e de evitar se acostumar com uma visão de má qualidade. “É essencial dar atenção à saúde ocular e evitar o uso de óculos de farmácia, que não corrigem adequadamente os problemas e podem até agravá-los,” alerta o especialista.
Além dos cuidados com a saúde ocular, é crucial promover uma infraestrutura mais inclusiva. A inclusão de pessoas com deficiência visual depende de políticas de acessibilidade que envolvem não apenas locais públicos, mas também o setor privado.
“A inclusão precisa ser pensada em todos os ambientes, com rampas, informações em braile, pisos táteis e outras adaptações que garantam independência e dignidade para pessoas cegas ou com baixa visão,” completa Dr. Celso.