Os planos do deputado estadual Roberto Carlos (PV) em concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2026 estão, por ora, congelados diante do impasse do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o prefeito de Juazeiro, Andrei Gonçalves (MDB), fiadores do convite inicial para que ele tente um novo voo para Brasília.
A eventual candidatura ocorrerá pelo PDT, partido que recompôs recentemente a aliança com o governo do PT na Bahia, sob a condição de o governador viabilizar o apoio a uma cadeira federal.
“Eu recebi o convite do PDT, através do presidente nacional, Carlos Lupi, para voltar ao partido e ser candidato a deputado federal, porque ele teria um pré-acordo com o governador Jerônimo Rodrigues, que o governador ajudaria na aquisição de um deputado federal, porque supostamente para o partido voltar à base de Jerônimo teria que ganhar um deputado federal. E aí, depois disso, o governador ligou para mim dizendo que o PDT estava de volta e gostaria muito que eu fosse candidato a deputado federal. Nesse mesmo tempo, o prefeito de Juazeiro, Andrei Gonçalves, quer que Juazeiro tenha um deputado federal”, disse Roberto Carlos nesta terça-feira (5), na retomada dos trabalhos na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Em tese, ele seria o representante federal do PDT, ao lado do presidente estadual Félix Mendonça Jr., no espaço a ser deixado pelo deputado federal Leo Prates, cuja tendência é migrar para outra legenda a fim de manter o apoio ao ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil).
“Os três querem que eu seja candidato a deputado federal, o governador, o presidente Lupi e o prefeito Andrei, mas eu disse a eles que só seria candidato a deputado federal se tivesse os três juntos num propósito que pudesse buscar mecanismo para me ajudar a chegar a deputado federal, embora os três nunca sentaram, nunca fizeram uma conversa entre os três e comigo, por isso que eu estou fazendo a minha campanha e o meu pensamento é para ser deputado estadual”, afirmou Roberto Carlos, ao detalhar o impasse.
Enquanto o acerto segue em aberto, Roberto já trabalha visando a reeleição como estadual pelo PV, legenda que esteve em federação com o PT e o PCdoB em 2022, mas que tem composição incerta para 26.
“Se os três sentarem ainda, disse ontem em reunião com o prefeito de Juazeiro, Andrei, que se os três sentarem, eu tenho uma possibilidade ainda de sair candidato deputado federal. Não sentando, eu sou candidato à reeleição no Partido Verde”, arrematou.
A ideia de ter um federal próprio de Juazeiro leva em conta que municípios de porte menor já conseguiram emplacar seus representantes nativos na Câmara Federal, como Elmar Nascimento (União Brasil) por Campo Formoso, Adolfo Viana (PSDB) por Casa Nova, Mario Negromonte Jr. por Paulo Afonso e Ricardo Maia por Ribeira do Pombal, para citar alguns exemplos.
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