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Vídeo: ex-delegado-geral de SP é executado em atentado no litoral

O ex-delegado-geral da Polícia Civil paulista Ruy Ferraz Fontes (foto em destaque) foi executado a tiros por criminosos durante um atentado no bairro Mirim, em Praia Grande, litoral sul de São Paulo, no início da noite desta segunda-feira (15/9). A principal suspeita é que os autores sejam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo a Prefeitura de Praia Grande, outras duas pessoas que estavam próximas ao local do ataque ficaram feridas na ocorrência e foram transferidas para o Hospital Municipal Irmã Dulce. Uma mulher ficou com ferimentos leves e deveria ter alta ainda noite desta segunda. Já um homem que também foi ferido segue internado para atendimento médico, sem maiores riscos.

Uma câmera de segurança registrou a ação dos criminosos (assista abaixo). Ruy Ferraz Fontes dirigia um carro em aparente fuga, quando bateu em um ônibus e capotou o veículo. Na sequência, os bandidos desembarcaram de outro carro que seguia atrás e dispararam vários tiros contra o veículo do delegado.

Veja vídeo do atentado

Ruy Ferraz Fontes chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Ele foi o primeiro delegado a investigar a atuação do PCC no estado, enquanto chefiava a Delegacia de Roubo a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), no início dos anos 2000.

Mais tarde, ele se tornou delegado-geral da Polícia Civil paulista, na gestão do ex-governador João Doria (2019-2022). Recentemente, estava comandando a Secretaria de Administração de Praia Grande, mesma onde foi morto no início da noite desta segunda.

Após o assassinato, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, anunciou uma força-tarefa e enviou mais de 100 policiais para o litoral em busca dos criminosos.

Quem era o ex-delegado Ruy Ferraz

O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, morto por criminosos suspeitos de integrar PCC, em Praia Grande, atuou por 40 anos na Polícia Civil e era especialista na facção paulista. Ele foi jurado de morte por Marco William Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo da facção, em 2019, após o criminoso ser transferido para o sistema penitenciário federal.

Ferraz possuía especialização em Administração Geral e Financeira em Órgãos Públicos e participou de cursos complementares, como o Curso Anti-Drogas e Anti-Terrorismo, realizado pelo Ministério do Interior e da Segurança Pública da Polícia Nacional da França, além de curso de Aperfeiçoamento sobre Repressão às Drogas, em Vancouver, pela Polícia Montada do Canadá, conforme informou a Prefeitura de Praia Grande.

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