Com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, o chefe do executivo da Bahia disse que não há como investir em educação. Após a resposta de professores da UNEB, da Ufes, da Uebs e da Uesc, que decretaram greve por mais de um mês, o petista tomou uma decisão típica da que seria esperada de um político do PSDB ou da extrema-direita: cortou salário, negou o direito de greve desses professores.
O governador petista justificou a medida dizendo: “O salário você discute na hora de encerrar a greve. Sempre foi assim. Não me lembro, na minha vida, que minha categoria ou outra recebeu parado, ou é férias”. Não faltou cinismo por parte do petista, que sabe que o corte de salário é cortar o sustento das famílias desses professores e que não se trata de férias, mas do direito político de qualquer trabalhador de se mobilizar sem ser prejudicado ou chantageado. Duplamente, Rui Costa afronta esse direito e atesta seu direitismo asqueroso.
Na realidade, os cortes a educação de Rui Costa sob a justificativa de “não ter dinheiro para investir”, não é muito diferente da chantagem que o próprio Bolsonaro fez quando cortou 30% das verbas não obrigatórias das Universidades Federais dizendo que devolveria após aprovada a Reforma da Previdência. Ora, Rui Costa está junto com outros governadores do Nordeste do PT, PCdoB, PDT e PSB que estão negociando a Reforma da Previdência com Bolsonaro, propondo uma versão “diet”, em troca de maior ajuda aos seus estados, e que mantem um enorme ataque a classe trabalhadora.
Fonte: Esquerda Diário.