No mês de janeiro de 2021, era comum ver o guarda municipal Adegivaldo Mota transitando no Paço Municipal. Quem o encontrava no local estranhava a sua presença constante querendo falar com a prefeita Suzana Ramos (PSDB). O comportamento do guarda municipal destoava do período eleitoral.
Não demorou muito para ser publicado no Diário Oficial do Município a decisão da prefeita em deixar o guarda municipal Adegivaldo Mota a disposição da inexpressiva Associação dos Guardas Municipais de Juazeiro. Uma entidade que reúne meia dúzia de servidores, mas que teve o privilégio de ter três diretores dispensados das atividades para “contribuir” com a Associação.
Muitos correligionários da prefeita ficaram indignados com essa decisão de deixá-lo sem trabalhar por mais um período, pois durante a gestão do prefeito Paulo Bomfim (PT), o guarda municipal pouco ou nada cumpriu de carga horária efetiva no serviço público. Inclusive há indícios de irregularidades que precisam ser investigados pela atual gestão sobre a base legal que o ex-prefeito Paulo Bomfim usou para dispensar Adegivaldo Mota de cumprir carga horária na Guarda Municipal.
Foram quase 12 meses sem trabalhar em 2021, mas Adegivaldo Mota era presença certa nos vários movimentos na frente do Paço cobrando ações da prefeita, inclusive na área de cultura. Movimentos esses estranhos aos interesses da categoria dos guardas municipais.
Não se sabe ainda o que motivou Adegivaldo Mota a gravar um vídeo “denunciando” que estar sofrendo perseguição política ao ser escalado na noite de terça-feira (01) para proteger o equipamento público Parque da Cidade. No vídeo, ironicamente o guarda municipal faz relatos que o espaço encontra-se depredado, que a porta da guarita estava fechada e que ele não iria arrombar, pois ele estaria ali para proteger o patrimônio. Foi exatamente por isso que ele foi escalado!
No mês passado, o deputado estadual Zó (Juazeiro: Um deputado sem obras e sem memória) usou as redes sociais para “denunciar” que o Parque da Cidade estava abandonado e precisando de um guarda municipal para protegê-lo. Atendendo a solicitação do deputado, a prefeita Suzana Ramos escalou um servidor para proteger esse equipamento público, mas o guarda municipal reclama que não pode trabalhar no local porque este encontra-se abandonado.
As obras do Parque da Cidade encontram parada, porque a gestão anterior (que Adegivaldo fez parte) construiu um equipamento público num terreno particular.
Num grupo de mensagens de whatsapp que Adegivaldo Mota participou, o mesmo era tratado carinhosamente como “guarda fantasma” e os participantes do grupo faziam chacota quando o mesmo postava uma self fardado em algum posto de serviço.