Deltan Dallagnol, procurador da República e coordenador da Operação Lava Jato, quis aproveitar a fama gerada pela força-tarefa para lucrar. Segundo mensagens publicadas neste domingo 14 pelo The Intercept Brasil e pela Folha de S.Paulo, ele pretendia realizar eventos e palestras com cachês polpudos na rabeira da exposição das investigações.
E mais: Deltan e o colega procurador da força-tarefa Roberson Pozzobon pretendiam criar uma empresa na qual não apareceriam oficialmente como sócios. A justificativa seria “evitar questionamentos legais e críticas”.
The Intercept e Folha revelam que o procurador discutiu essa possibilidade com a esposa em dezembro de 2018. “Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade”, escreveu em um chat no Telegram sobre o tema.
“Se fizéssemos algo sem fins lucrativos e pagássemos valores altos de palestras pra nós, escaparíamos das críticas, mas teria que ver o quanto perderíamos em termos monetários”, comentou Deltan em 3 de março no grupo com Pozzobon.
Fonte: Carta Capital