O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2019 aponta que praticamente 9 entre 10 cidades baianas têm gestão fiscal em dificuldade ou crítica. Os dados mostram dificuldades de caixa das prefeituras. Revelam também negligência na administração do que entra e do que sai em dinheiro [receitaXdespesa], aumento da folha com gastos com pessoal, comprometimento de finanças com restos a pagar e pouca ou nenhuma capacidade de investimento.
Entre os municípios com pior gestão, 265 cidades, ou 63,5% das 417 do estado, estão nesta condição. Anagé, no Sudoeste, aparece como o município pior avaliado. A relação com as 10 piores gestões fiscais vem na sequência com: Coaraci, no Sul; Itaquara, no Vale do Jiquiriçá; Dário Meire, no Médio Rio de Contas; Itambé, também no Sul; Jeremoabo, no Nordeste baiano; Senhor do Bonfim, no Piemonte Norte do Itapicuru; Coração de Maria e Água Fria, no Portal do Sertão; e Santanópolis, também no Portal do Sertão. Os municípios nesta condição estão faixa de pontos de até 0,4.
Um pouco melhor, mas na condição de “dificuldades”, estão 108 municípios, 25,9% do total. Os piores da faixa são Itaguaçu da Bahia, na região de Irecê; Cabaceiras do Paraguaçu, no Recôncavo; Canarana, na região de Irecê; Nova Itarana, no Vale do Jiquiriçá; Sebastião Laranjeiras, no sudoeste; Monte Santo, na região sisaleira; Itapetinga, no sudoeste; Riacho de Santana, no oeste; Serra do Ramalho, no Sudoeste; e Juazeiro, no Sertão do São Francisco.
O IFGF 2019 foi divulgado nesta quinta-feira (31) e toma como base informações das próprias prefeituras referentes ao ano passado. São quatro classificações quanto ao nível da gestão fiscal. A variação é de 0 a 1, ponto máximo da qualificação. Estão na condição de “Gestão de Excelência” aqueles que tiveram resultados acima de 0,8. Com “Boa Gestão” os que obtiveram valores entre 0,6 e 0,8. Os que ficaram entre 0,4 e 0,6 foram classificados como de “Gestão de Dificuldade”. Já os que beiraram até 0,4 pontos apresentaram “Gestão Crítica”.