Juazeiro: Conselhos da Mulher e Direitos Humanos silenciam diante de fatos graves no hospital da mulher

A jovem Vanessa Pereira, 24 anos, gestante de 4 meses, a mesma relata que passou por uma situação desagradável na manhã de segunda-feira (13), no Hospital Materno Infantil de Juazeiro a paciente relatou que foi humilhada por um profissional de saúde da unidade, o médico Alexandre Mariano.

Ao chegar no Hospital da Mulher, a gestante foi atendida na triagem por uma enfermeira. A profissional chegou a salientar que as secreções vaginais são comuns em gestantes, mas devido aos outros sintomas apresentados, como as fortes dores, iria encaminhar a paciente para avaliação do médico de plantão, Alexandre Mariano. Ao chegar na sala do médico, Vanessa se disse surpresa com sua atitude.

“Quando cheguei ele já estava bem estressado e começou a dizer que ‘não seria possível que em Juazeiro não teria médicos em lugar nenhum’. Ele gritava muito. Falou que era um caso para ser atendido em um posto de saúde, e não na maternidade. Ele pediu para que eu deitasse na maca, porém fiquei constrangida com a atitude dele e fiquei sem coragem. Perguntei se ele passaria algum medicamento e ele questionou ‘pra quê? ”, contou Vanessa.

Não satisfeito em destratar uma gestante, o médico Alexandre Mariano também desferiu palavras grosseiras contra a técnica de enfermagem responsável pela triagem da paciente. Agrediu uma mulher na sua condição plena de mulher, agrediu outra mulher na sua condição profissional. E o mais grave, feriu a pessoa humana na sua dignidade, principalmente uma mulher na condição de gestação, a procura de serviço básico de saúde para si e para o seu bebê.

Diante do grave episódio vivenciado por uma jovem mãe e por mulher na sua condição profissional, esperava-se que os Conselhos de Direitos Humanos e da Mulher se posicionassem emitindo uma nota de repúdio e cobrando providências administrativas contra o médico, que em outra ocasião é acusado de ter esquecido objetos cirúrgicos no organismo de uma parturiente.