A pandemia do novo coronavírus trouxe muitas reflexões, perdas de vidas humanas, mudanças de hábitos, e sem sombras de dúvidas, mudou o rumo da vida planetária. O momento trouxe também esperanças, principalmente do quanto precisamos nos unir diante de uma crise e sermos mais solidários.
A preocupação geral é com o colapso no Sistema de Saúde, nunca o Sistema Único de Saúde (SUS) foi tão referenciado pelas autoridade pública desse país. Como os prefeitos e governadores estão preocupados com os anos de descasos com o Sistema e o quanto eles negligenciaram com a saúde de população mais pobre que depende do SUS.
O Juazeiro passa pela pandemia com mais ganhos do que perdas (embora já teve uma morte). Durante anos a Rede de Saúde estava passando por um caos. Os atendimentos na UPA foram duramente criticados pela população. Mortes de crianças e de recém-nascidos na maternidade, mães choraram a perda de seus filhos, mães reclamaram do fechamento do hospital da criança e a inconsequente decisão de misturar adultos e crianças numa mesma recepção na UPA.
Nada disso sensibilizou o prefeito e a secretária de Saúde, mas agora diante da pandemia, melhorou o atendimento na UPA, foi contratado um hospital particular para atender as crianças, o prefeito prometeu melhorar as instalações da maternidade e criar leitos exclusivos para mães e bebês com coronavírus.
Antes da pandemia a cidade era tomada pelo lixos e sujeiras por toda parte, sem contar uma enorme quantidade de obras paradas. Mas depois da pandemia, obras foram concluídas e outras retomaram as atividades, a exemplo, a UBS do Novo Encontro iniciada há quatro anos, o canal da vergonha do Alto da Aliança e a requalificação da avenida Adolfo Viana (obra orçada em quase 2 milhões de reais).
Por toda cidade o que se ver são caçambas e máquinas a serviço do SAAE recolhendo entulhos, até ecopontos foram criados para a população jogar os lixos e entulhos num único local.
A reclamação era que o governo federal não enviava recursos necessários e queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. Mas as perguntas que não querem calar: se o governo federal não mandou recursos para essas obras e se não houve aumento no repasse do FPM, aonde o prefeito Paulo Bomfim (PT) conseguiu os recursos para terminar e retomar as obras? E como conseguiu recursos para fazer a contratação de máquinas para a realizar a limpeza da cidade?