JUAZEIRO POLÍTICA

Juazeiro: Faltam políticas para a Juventude negra

Após alguns dias de protestos pela morte violenta de George Floyd. O homem negro que foi morto durante uma operação policial em Minneapolis no dia 01. As últimas palavras de Floyd, “não consigo respirar”, há muito se tornaram slogan de um movimento nacional de protesto que os EUA não veem há décadas. A dor e a indignação deram lugar à raiva e à violência.

A trágica morte de Floyd alimenta um debate fundamental sobre a divisão social nos Estados Unidos. A crise de coronavírus vem como lenha nessa fogueira, expondo a desigualdade da sociedade mais claramente do que antes. Aqueles que, antes da eclosão da pandemia, não tinham um emprego decente, um seguro de saúde e um suporte financeiro, foram implacavelmente afetados pelas consequências do vírus.

A morte de George desencadeou uma onda de protestos também no Brasil, inclusive com campanha nas redes sociais, com a mudança de perfis no face e no instagram, típico dos revolucionários de sofá.

Mas Como andam as políticas públicas voltadas para jovens negros e negras em Juazeiro? Qual é o potencial de incorporação das propostas nas Conferências municipais de Promoção da Igualdade Racial em leis e ações efetivas nas comunidades?

Não há efetivamente nenhuma politica pública, embora a Secretaria de Desenvolvimento Social tenha servidores que supostamente deveriam articular e desenvolver políticas para a juventude negra.

O que há é muito discurso pronto e jargões gastos pela repetição, principalmente nos momentos de comoção social, como nesse momento da morte lamentável de um cidadão americano.

Não há uma só ação nos bairros periféricos de Juazeiro, que promova a inserção, a valorização e a proteção dos jovens. As ações se restringem ao mês de novembro, quando do Dia da Consciência Negra, quando a Sedes e algumas ONGs aparecem promovendo eventos. Após o mês de novembro, a matança aos jovens e o descaso com as suas vidas continuam sob o olhar complacente daqueles que se dizem “antifascistas” e antirracistas”.

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