JUAZEIRO SAÚDE

Juazeiro: Casos de dengue aumentam na cidade

Em tempos de pandemia do novo coronavírus, outra doença também tem preocupado os juazeirenses, a dengue. Segundo o Ministério da Saúde, historicamente o pico de registros de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti ocorre nos meses de abril e maio, e neste ano os registros tiveram um crescimento vertiginoso.

Ainda de acordo com o órgão, o motivo do surto da doença seria o aumento da circulação do sorotipo 2, um dos quatro sorotipos da dengue, contra o qual boa parte da população ainda não está imunizada.

Em Juazeiro, no norte da Bahia, segundo dados apurados, entre janeiro e abril de 2020, foram 325 notificações a mais em relação ao mesmo período de 2019, que registrou apenas 42 notificações. O crescimento foi de 873,80%.

Em relação aos casos confirmados, enquanto nos primeiros quatro meses do ano de 2019 nenhum caso de dengue foi confirmado em Juazeiro, neste ano, até ontem, 27 casos de dengue deram positivo. Já sobre a Chikungunya e a Zika, os números permanecem os mesmos do ano anterior, sendo um caso confirmado da primeira doença e nenhum da segunda.

Em contato com a nossa redação, o morador do bairro Sol Levante, Uanderson dos Santos, declarou que o local está infestado de mosquitos Aedes aegypti.

“A situação é bastante preocupante. Estamos apavorados com o risco de contrairmos a Covid-19 e agora também estamos vulneráveis a dengue, Chikungunha e Zika. Os mosquitos estão por toda parte e aparecem em qualquer hora do dia. E para piorar ainda mais a situação, os agentes de endemias não aparecem mais por aqui”, relatou o morador.

A queixa de Uanderson é a mesma de outro morador do bairro Santo Antônio, que afirma não ter visto mais os agentes visitando os bairros.

“Os agentes sumiram. Aqui no bairro, há tempos que eles não aparecem. Era rotina vê-los fazendo inspeção nas residências, para detectar focos do mosquito da dengue. Depois desta pandemia, nada de agente de endemias. Sei que o combate ao Coronavírus é prioridade, mas a dengue também pode matar e este trabalho não pode parar”, disse o morador que não quis ser identificado.

Sobre as ações de combate a proliferação do mosquito Aedes aegypti, a Secretaria afirmou que os agentes de endemias estão realizando varredura casa a casa e aplicação de perifocal, para evitar que materiais domiciliares e nas ruas sirvam de criadouro para o mosquito.

O órgão informou ainda que o fumacê, que tem em sua composição um inseticida diluído que mata o mosquito Aedes adulto, está circulando pela cidade.

Porém, segundo o diretor de Vigilância em Saúde e Epidemiologista, Klynger Farias, as medidas adotadas só serão efetivadas se houver participação e colaboração da população. “Nós estamos com fumacê, visita dos agentes de endemias, aplicação de perifocal, orientações as pessoas para não deixar água parada, tampar bem as caixas d’água, fazer limpeza dos quintais de casas. Para que não tenhamos proliferação do mosquito às pessoas precisam cuidar melhor dos espaços domiciliares, os focos são encontrados em sua maior quantidade dentro de casa. O combate ao mosquito é uma parceria poder público e população”, destacou.

Fonte de informações: PNB

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