EDUCAÇÃO JUAZEIRO

Poesia: Herança

Herdei do Meu pai o gosto pelas estradas.
Desde cedo já o acompanhava pelas infinitas estradas desse mundão sem porteira..
Pegamos sol, chuva, vento, estrada esburacada e todo tipo de adversidade de um caminhoneiro…
Aprendi tudo sobre caminhão; pois tinha um fantástico professor (meu pai)…
Um dia ele foi dirigir nas estradas do céu, ficou a saudade e o velho caminhão como herança…
Foi mais ou menos nessa época que conheci minha primeira esposa…
Moça bonita de rosto e corpo, tinha um sorriso malicioso que eu achava um charme…
No início do casamento ela me acompanhava em toda viagem, depois parou de viajar para cuidar da casa…
Um certo dia voltei pra casa antes do previsto e a peguei na cama com outro homem…
Não fui violento apesar da situação exigir…
Fui dormir no outro quarto e pela manhã ela tinha ido embora…
Voltei a casar três anos depois, e 18 anos após aquele fatídico flagrante, eu a encontrei num cabaré de beira de estrada..
Lhe abracei, dei-lhe dinheiro e a perdoei.
Continuei a minha viagem.

(Poetom)

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