EDUCAÇÃO JUAZEIRO

Educação da farsa? ‘Os dados de Juazeiro, Lucinete, não existem em nenhum lugar’!

No dia 14 de setembro, a secretária de Educação de Juazeiro, Lucinete Alves, participou de uma Live com a pesquisadora da Universidade da Bahia – UNEB, a professora Edilane Teles. O tema da Live era “O ensino remoto nos últimos meses e o retorno às aulas”.

A professora Edilane Teles, tem desenvolvido pesquisa com informações colhidas em todo o país sobre educação em tempos de pandemia, principalmente sobre aulas remotas.

Na sua fala, a secretária Lucinete Alves, ressaltou os dados do portal das aulas online para os alunos da rede. Segundo ela, o município alcançou a marca de 2 milhões de acessos ao canal, e o surpreendente número de 76% de acessos dos alunos ao portal. Numa cidade onde não existe internet gratuita e parte dos alunos tem dificuldades de acesso ao internet, a celular e a computadores.

A cara de comemoração com a divulgação dos dados, deu lugar ao constrangimento geral, a pesquisadora não disfarçou a surpresa com os números fora da realidade do sistema de aulas remotas em todo país, ” É principalmente impressionante os números que Lucinete destaca, porque eles não estão em lugar nenhum, nós estudamos todos os documentos que sai nos grupos de pesquisa sobre o ensino remoto”.

A secretária de Educação, Lucinete Alves, não rebateu e nem explicou a surpresa dos números, mas tentou justificar um possível engajamento dos professores para melhorar a qualidade da educação em tempos de pandemia.

A pesquisadora ressaltou ainda, que: “Mas Lucinete, você que apresenta tantos dados, eu acho que é difícil um município ter o que Juazeiro tem, o que a gente verifica nas pesquisas nacionais, é 48% de acessos, é 48% de realização de ensino remoto, quando você diz 76%, isso é um dado para ser socializado com todo país, porque é incrível”.

A educação de Juazeiro nos últimos 12 anos, foi marcada por denúncias de máfia da merenda, investigação do Ministério Público Federal, possíveis fraudes na compra de livros didáticos, e o grande número de professores e servidores contratados.

O quadro de servidores da Secretaria de Educação é composto por professores, professoras e servidores comprometidos em fazer a melhor educação do país. Profissionais dedicados, mas a frente tem uma secretária que não mora na cidade, não é do quadro efetivo e se aproveita do cargo para fazer campanha para o namorado.

Confira a Live completa:

https://www.youtube.com/watch?v=SBA43xSoPA0&t=1473s

6 Replies to “Educação da farsa? ‘Os dados de Juazeiro, Lucinete, não existem em nenhum lugar’!

  1. Boa tarde,
    Para que tanta mentiras. A educação de Juazeiro foi sempre uma fraude . Muitas coisas erradas tem dentro da Seduc. Parabéns lucinete ( secretária de educação)

  2. É com consternação que tomei conhecimento da matéria de vocês.
    Para iniciar, pergunto: Quem assinou essa matéria? Sou a professora Edilane Carvalho Teles que vocês citam, e me causa muito estranhamento a escolha de frases para insinuar que os dados seriam falsos.
    Ambas as frases foram ditas num entendimento e contexto de surpresa positiva e elogio ao que a nossa convidada apresentava. Em nenhum momento colocamos em xeque os dados, ao contrário, nosso posicionamento é sim de pesquisa, busca por uma educação igualitária e de qualidade a todos, mas de respeito aos colaboradores que aceitam nosso convite.
    Fiquei chocada quanto aos jogos de palavras propositalmente postos para afirmar o que não aconteceu, fazendo parecer que houve desconcerto ou insinuações nesta conversa. O objetivo do meu grupo de pesquisa é colaborar com possíveis respostas e, para isso, contamos com as instituições, é este o nosso propósito, me sinto desrespeitada e ofendida como profissional e pesquisadora.
    Diante disso, é evidente que a Carta Magna de 1988 garante a liberdade de imprensa, entretanto, relacionado com essa liberdade existe o direito de resposta. Esse direito garante a todo aquele pessoalmente ofendido por notícia ou comentário, fazer publicar ou transmitir gratuitamente no mesmo veículo de comunicação social, sua resposta em face da informação divulgada.
    A Lei 13.188/2015, garante ao ofendido em matéria divulgada ou transmitida por veículo de comunicação social o direito de resposta ou retificação gratuito, proporcional ao agravo. Cabe ressaltar que o artigo 5º da referida Lei estabelece que se o veículo de comunicação social ou quem por ele responda não divulgar, publicar ou transmitir a resposta ou retificação no prazo de 7 (sete) dias, contado do recebimento do respectivo pedido, restará caracterizado o interesse jurídico para a propositura de ação judicial.
    Diante do exposto peço que a resposta aos comentários do BLOG OPARÁ, acima, seja divulgada no mesmos espaço e destaque do agravo.

  3. Boa tarde, mas não sei a quem me reportar. Sou pesquisadora e todo artigo que escrevo faço questão de identificar. Tenho orgulho deles e das horas de observações, escutas, entrevistas e estudos. Pesquisas que servem para compreender uma melhor maneira de educação e de ensino/aprendizagem. Faço parte de um grupo de pesquisa chamado POLIFONIA, que faz questão de ouvir as vozes de quem se preocupa com a educação e a partir delas e de muito estudo, buscar uma prática de qualidade. Não insinuamos, fingimos ou mesmo criticamos sem um embasamento teórico. Não cabe ao meu grupo desacreditar de experiências exitosas, mas aplaudi-las e torná-las públicas para outros contextos que não possuam tais práticas. Esta menção acima ao “constrangimento geral” e “surpresa com uma possível fraude no sistema” é uma opinião e mera opinião exclusivamente sua. Para isso, não precisa usar o nome de ninguém. Utilize apenas o seu, que seria no mínimo, ético, quando falando de alguém. Como membro do Polifonia fiquei perplexa com estas linhas, e não poderia deixar de me posicionar, a partir de uma live que foi tão significativa para o grupo e comunidade.

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