O Vereador Tiano Felix (PT), que não conseguiu se reeleger, no seu discurso de despedida do parlamento de Juazeiro, na última terça-feira (08/12), ao analisar as razões da derrota do seu partido frente à candidata do PSDB , Suzana Ramos, lembrou que “os dois lados são extremamente importantes para o Legislativo e que era um erro estratégico nosso tentar não cumprir o papel que a população tinha nos concedido, que era ter bancada de situação e bancada de oposição. Porque são os dois lados que podem polir a pedra”.
“Um governo” – disse dirigindo-se ao Vereador Alan Jones, o único que se manteve na oposição durante o mandato – “que não tem oposição é um governo que dirige no escuro”. Ele diz que “a oposição serve para ser o refletor. O refletor não só do governo, o refletor da sociedade”.
Segundo Tiano, é a oposição que enxerga, que identifica falha, que identifica em algum projeto o que pode ser melhorado. E advertiu “aqueles que estão chegando e aqueles que já estão aqui: Ter o respeito e o diálogo aberto com a sociedade representa o campo de debate da própria sociedade. É extremamente importante que esse Parlamento dê uma demonstração à sociedade que ele vai ser a caixa de ressonância”.
Ao final disse que continua a exercer o papel que escolheu para a vida: discutir a sociedade e propor caminhos, independente de ter ou não mandato: “Escolhi fazer política. Escolhi um lado. É preciso assumir posições na sociedade, para o acerto e para o erro”, agradeceu a oportunidade de aprender no legislativo e no Executivo e encerrou agradecendo ao Povo de Juazeiro.
Nota do Blog Opará
O vereador Tiano Felix foi nos bastidores um dos maiores críticos do blog, justamente porque apontamos que a forma de Isaac Carvalho/Paulo Bomfim de fazerem política, não beneficiava o PT e os seus quadros orgânicos.
Não deu outra, o PT não elegeu nenhuma mulher, e não reelegeu um dos seus principais parlamentares. E ainda ficará com o ônus de uma gestão marcada por denuncias de corrupção e de descaso com a cidade.
Faltou a cultura política e sobrou a cultura da soberba