Na noite de ontem (11), a Rede Bahia divulgou no telejornal a manifestação que ocorreu pela manhã de empresários do ramo de entretenimento e músicos de Salvador.
Eles foram às ruas protestar contra os decretos, que há quase um ano, impedem o trabalho de músicos com a alegação de promoverem aglomeração e argumentos de conter a expansão do novo coronavirus.
Esta semana, assim que foi anunciado o manifesto, a equipe e reportagem do Blog Opara conversou com o diretor financeiro da Abape, Dode Meireles, que explicou as razões da mobilização. “Quem mais sofre são os artistas de porte médio e pequeno, os grandes fazem lives conseguem patrocínios, mas os pequenos estão ralando demais, estão sofrendo muito porque sobrevivem de eventos e de repente se deparam com 11 meses sem trabalhar. Não tem sido fácil. Já os grandes artistas anunciam lives, ganham patrocínios, para eles acontece até a monetização através do YouTube é bacana, mas os pequenos é que sofrem e sem apoio”, frisou Dode em conversa por telefone.
A associação foi fundada em dezembro do ano passado por produtores culturais baianos que se uniram para enfrentar a crise do Novo Coronavírus.
Atualmente, a ABAPE conta com cerca de 50 empresas associadas, entre grandes, médias e pequenas, responsáveis por grande parte dos eventos culturais realizados na Bahia. A expectativa é que, até meados de 2021, o número de filiados passe dos 250 em todo o Estado. As empresas do ramo que estiverem interessadas em se associar, podem entrar em contato com a associação através do email abapebahia@gmail.com .
Ainda de acordo com Dode, a Abape é resultado da luta de vários anos de um pequeno grupo que busca unir uma classe que é tradicionalmente dispersa.
Mônia Ramos Jornalista