Após o Governo da Bahia recomendar, em nota técnica no dia 29 de março, a não prescrição de cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida e ivermectina para o tratamento ou profilaxia da Covid-19, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) se manifestou contra a decisão da gestão estadual.
Em nota oficial publicada em seu site, o Conselho destacou que “os gestores devem procurar apaziguar as relações já comprometidas por uma disputa política insana, ao invés de estimular e provocar a divisão da sociedade”.
Na nota, assinada por Teresa Cristina Santos Maltez, presidente do Cremeb, o Cremeb recomendou aos médicos baianos “que continuem a exercer a medicina em toda a sua extensão sem permitir interferências estranhas que possam prejudicar a autonomia do médico e do seu paciente”.
Além do Cremeb, o Governo do Estado da Bahia também enfrenta uma batalha com o Sindimed-Bahia, após a decisão de demitir quase mil médicos baianos contratados com carteira assinada para recontratá-los via PJ (Pessoa Jurídica).
Atualmente, centenas de médicos estão em estado permanente de Assembleia e podem anunciar paralisação.
Desde o início da pandemia de Covid-19, o Governo da Bahia, sob a liderança do governador Rui Costa, trava uma batalha contra os médicos baianos. O primeiro ato foi ter defendido que médicos formados no exterior fossem autorizados a trabalhar no Brasil sem passar pelo Revalida, prova feita anualmente pelo Governo Federal.