Mais uma vez a empresa de ônibus Joafra, que atua em Juazeiro-BA, vem sendo alvo de denúncias, por irregularidades e descumprimento de leis trabalhistas. Em janeiro funcionários da empresa realizaram um protesto cobrando seus direitos. Na manhã desta terça-feira (20.04) dois ex-funcionários, Genilson Araújo e Gillyard Carvalho, procuraram a redação do blog Opará para reivindicar seus pagamentos, referentes ao tempo que atuaram na empresa. Eles também pedem que os órgãos competentes, Ministério do Trabalho e Ministério Público, tomem providências cabíveis.
As acusações dos ex-funcionários
De acordo com as informações dos dois ex-funcionários, demitidos a cerca de um ano, num quadro de vários outros motoristas, até o presente momento eles não receberam seus direitos trabalhistas: rescisões, como férias, 13° saldo de salário e o aviso prévio. “O Seguro desemprego consegui receber porque a empresa fez um depósito de R$ 100,00 na conta do FGTS só para liberar as parcelas”, conta Gillyard Carvalho, que atuou na Joafra por quase cinco anos.
Os ex-funcionários ainda relatam que, as informações recebidas pela Gestão de Recursos Humanos (RH) da Joafra foi que procurassem a justiça, pois a empresa não iria pagar. “A gente já denunciou no Ministério Público e no Ministério do Trabalho. Essas denúncias foram realizadas em junho, do ano passado, mas quando entro em contato com os representantes, dos órgãos citados, falam que o caso está em investigação e não resolvem nada. Isso que é revoltante. Dar a entender que o ‘Senhor Leãozinho’, como é chamado, manda e desmanda na cidade”, declara Genilson Araújo.
“Agora me pergunto até que ponto pode isso? Eu fui demitido por puro preconceito. Hoje sou estudante de direito. Já estou no segundo período e sei como a lei funciona. Na constituição temos no Art. 5• que todos somos iguais perante a lei, que se sega a favor da empresa, que dá razão a ela. Será medo? troca de favores? porque aqui, em Juazeiro, quem manda é a Joafra”, Questiona Gillyard.
Outras irregularidades foram relatadas por Genilson. Segundo ele, a Joafra não deposita o valor do FGTS, na conta dos funcionários, não paga hora extra, adicional noturno e insalubridade. Ele diz que quando saiu da empresa o seu ticket de alimentação estava com três meses de atraso e que se o funcionário reivindicar seus direitos é demitido. “Tem perseguição. Se você questionar alguma coisa é demitido, como aconteceu há dois meses, quando teve a paralisação. Seis funcionários despedidos, porque eles achavam que eram ‘os cabeças’ do protesto”, pontua Genilson,
“Peço que a justiça analise os casos narrados e de outros motoristas que estão nas mesmas condições e resolva nossas situações. Já tive uma primeira audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no final do ano passado, por videoconferência, mas não resultou em nada”, finaliza Gillyard.
Texto: Elinete Carvalho
Da Redação