POLÍTICA

Briga entre senadores governistas e senadoras faz presidente suspender sessão da CPI

A segunda sessão de oitivas da CPI da Pandemia chegou a ser suspensa por volta das 11h50 desta terça-feira (5). Enquanto o médico e ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, respondia a questionamentos dos senadores, parlamentares governistas entraram em conflito com as senadoras.

Mas isso não foi bem aceito por parlamentares, como Ciro Nogueira (PP-AL), Fernando Bezerra (MDB-PE) e Marcos Rogério (DEM-RO). “O gesto de vossa excelência em tentar atender o apelo da bancada feminina não encontra respaldo no regimento interno”, disse o democrata, em protesto. Os três entraram em uma discussão acalorada com as senadoras Simone Tebet (MDB-MS) e Eliziane.

A emedebista frisou que elas não teriam direito a voto nem estavam pleiteando a titularidade na comissão. Já a segunda subiu o tom contra Ciro Nogueira, questionando a intenção dele ao tentar impedi-la de questionar Nelson Teich.

Diante de tamanha confusão, Omar Aziz se desculpou com o médico e decidiu fazer uma breve suspensão. Por volta das 12h, a transmissão foi retomada no Youtube da TV Senado, mas os parlamentares continuaram a brigar até que o presidente conseguiu restabelecer a ordem.

Por ora, ficou decidido que Eliziane faria seus questionamentos, o que já foi feito conforme deliberado antes da sessão. “Primero o relator [Renan Calheiros], depois o senador Randolfe [Rodrigues] como vice-presidente, que hoje também foi questionado isso, e logo em seguida nós passaremos a palavra a uma das 12 mulheres”, frisou Aziz, ao citar o acordo. Com semblante irritado, ele anunciou que ao final da sessão vai colocar a ordem de inquirição em votação para avaliar se alguém discorda.

 

PRÓXIMOS DEPOIMENTOS

A CPI começou os trabalhos com o depoimento do primeiro ministro da Saúde neste governo, o também médico Luiz Henrique Mandetta (saiba mais aqui). Depois, os senadores devem ouvir o atual ministro, o médico Marcelo Queiroga, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, e o general Eduardo Pazuello, terceiro a comandar a pasta. Ele alegou que está em quarentena após ter tido contato com duas pessoas diagnosticadas com a Covid-19 (veja aqui), por isso seu depoimento foi remarcado para o dia 19.

Bahia Notícias