Aumento na adoção e compra de animais domésticos, mudança na disposição dos móveis para garantir espaço para o banho de sol dentro de casa e crescimento na venda de plantas e flores. Esses são apenas três indícios de um problema comum enfrentado por muitas pessoas durante a pandemia do coronavírus: a falta de contato com a natureza, provocada principalmente pelo confinamento e isolamento social.
Além dos três movimentos, outro ainda reforça o que o americano Richard Louv convencionou chamar de “déficit de natureza”: o aumento do êxodo urbano. Somente nos três primeiros meses de pandemia, até junho de 2020, em São Paulo, a procura por imóveis nas cidades a mais de 100 quilômetros de distância da capital havia subido 340% na comparação com o trimestre anterior, segundo dados da plataforma ZAP Imóveis.
Muita gente começou a repensar a vida nas grandes cidades, privadas do contato com a natureza, em tempos de trabalho remoto e impossibilidade de acesso aos serviços da metrópole.
“Ironicamente, a pandemia atual, por mais trágica que seja, aumentou o déficit de natureza, mas também fez crescer dramaticamente a consciência pública da profunda necessidade humana de conexão com a natureza”, diz ele.
Fonte: BBC News Brasil