Uma pesquisa conduzida por pesquisadores da Universidade de Toledo, nos Estados Unidos, apontou que um ano após a adoção de pets, os participantes do experimento tiveram uma redução significativa na depressão, ansiedade e solidão. Os participantes foram recrutados através de uma iniciativa norte-americana que consegue casas para que cachorros de rua atuem como animais de apoio emocional, o Hope and Recovery Pet (HARP).
Todos os voluntários eram de renda baixa, com transtorno mental crônico e que viviam sozinhos, e antes da adoção ser concretizada eles precisaram realizar um teste para comprovar as doenças.
Na análise, os pesquisadores também coletaram amostras de saliva para fazer a análise de três biomarcadores de estresse e de conexão: ocitocina, hormônio que é liberado durante interações de vínculo, cortisol, hormônio do estresse que aumenta risco de doenças, e alfa-amilase, enzima encontrada na saliva que pode indicar níveis altos de estresse.
Os participantes do estudo foram avaliados pelos cientistas após um mês, três meses, seis, nove e 12 meses, coletando amostras de saliva a cada visita e pedindo para que eles interagissem com o animal de suporte emocional por cerca de 10 minutos. E, após o fim da interação, novas amostras de saliva eram coletadas.
Depois de 12 meses completos de estudo, todos os participantes fizeram o mesmo teste psicológico para uma nova avaliação do bem-estar. O estudo concluiu que os voluntários apresentaram níveis menores de ansiedade e depressão depois de um ano de adoção de um animal, e também se sentiam menos solitários.
Em relação à análise dos três biomarcadores, os cientistas explicaram que não houve alteração significativa nos dados obtidos pela saliva, ainda que houvesse um padrão consistente de aumento da oxitocina e redução do cortisol. O estudo ainda deve ser o primeiro de muitos, e por enquanto os resultados não podem ser generalizados.
Por: BNews