O médico sanitarista Cláudio Maierovitch avaliou em sessão na CPI da Covid, no Senado Federal, que um lockdown efetivo de duas semanas faria as mortes por novo coronavírus no Brasil despencarem.
O mestre em medicina preventiva e social, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2003 a 2008, foi ouvido nesta sexta-feira (11) na Comissão Parlamentar de Inquérito, ao lado da também cientista Natalia Pasternak, PhD em microbiologia.
Pasternak lembrou, durante a audiência, que o Brasil nunca adotou o lockdown no combate à pandemia da Covid-19, exceto de forma isolada. “Faltaram diretrizes coordenadas pelo Ministério da Saúde, deixando estados a própria sorte”, analisou.
Maierovitch reforçou que ainda precisamos de confinamento. “Não há dúvidas quanto à efetividade desse tipo de medida. Países como o Brasil, que tem um dos maiores números de mortes diárias, precisam de no mínimo 15 dias de fechamento”, preconizou.
“Se deixar de haver circulação intensa por duas semanas, você interrompe o ciclo da doença. Se as pessoas ficarem em casa e não transmitirem, [o ciclo] se encerra, na medida que houver alcance razoável do confinamento”, acrescentou o cientista.
Fonte: BNEWS