A pesquisa do Colegiado do Curso de Economia da Faculdade de Petrolina – FACAPE, aponta a variante Omicron como a vilã no aumento na quantidade de casos da COVID-19 em janeiro de 2022, no Vale do São Francisco.
Os boletins de análise do avanço da COVID-19 em Petrolina, constata um aumento na quantidade de novos casos em janeiro em comparação com dezembro do ano passado. Registrando 4.014 novos casos no primeiro mês de 2022.
Segundo a pesquisa a chegada da nova variante Ômicron, contribuiu para o aumento dos casos, em especial na última semana do mês, com o recorde histórico semanal de 1.757 e o novo recorde diário 764 em 31/01. “Como visto em outros países, a variante Ômicron e muito contagiosa e era uma questão de tempo para ela se tornar a predominante na região. Agora podemos considerar que a variante chegou fortemente, dado os números de casos novos que estão surgindo. Serão sucessivos recordes de casos diários, de casos semanais e de casos mensais que estamos esperando para o mês de fevereiro e março. Em março uma nova avaliação poderá ser feita para verificar se este novo tsunami de casos novos estará perto de passar.” Ressalta o coordenador da pesquisa Covid da Facape, professor doutor João Ricardo Lima.
Em Petrolina foram feitos 19.257 testes rápidos. E o número de pessoas vacinadas, considerando apenas a primeira dose, aumentou de 74,96% para 76,19%. Já as pessoas vacinadas, considerando o ciclo vacinal completo, aumentaram de 59,96% para 62,26%, ou seja, quase 2,5 pontos percentuais de crescimento. A vacinação está avançando, mas ainda abaixo do desempenho médio nacional, é preciso acelerar o processo ainda mais e isto deve ocorrer com a vacinação das crianças.
Davi Rocha, 20 anos contraiu a doença já esse ano e mesmo tendo tomado as 2 doses diz que os sintomas foram bem fortes, mas acredita que se eu não tivesse tomado a vacina poderia ter chegado a óbito. “No início senti um cansaço, e achei que era por ter chegado de viagem e por conta da correria, mas no dia seguinte, comecei a dar muita febre e não tinha forças pra nada, nem pra tomar um copo de água. Então, vinha a dor de cabeça, tontura, dor na garganta e fraqueza. Hoje, tenho tosse e tontura, o que deixando meu sono desregulado, “concluiu.
Foi registrada uma redução na taxa de óbitos, passando de 1,60% em dezembro para 1,48% em janeiro, mas houve um forte aumento 66% na ocupação dos leitos públicos de UTI da Rede PEBA em janeiro. Atualmente, 80 dos 122 leitos estão ocupados.
“A população está sendo imunizada, porém a cidade ainda está longe de superar a marca de 70% da população total imunizada com a segunda dose (ou dose única). Os cuidados precisam continuar redobrados e todas as medidas de prevenção devem ser mantidas, como o uso de máscara, álcool gel e distanciamento, pois a nova variante do vírus Ômicron é muito mais contagiosa, podendo aumentar a demanda por leitos de UTI e a quantidade de novos óbitos, principalmente na população que ainda não se vacinou,” enfatiza João Ricardo.
Assessoria de Comunicação da Facape