O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou qualquer acordo para que as Forças Armadas promovam uma apuração paralela dos votos em tempo real nestas eleições. A negativa aconteceu após reportagem da Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira, 12.
A reportagem apontou que cerca de 400 militares iriam fazer fotos do QR Code dos boletins de 385 urnas eletrônicas e enviá-las ao Comando de Defesa Cibernética do Exército. A ideia é comparar o resultado dos boletins de urna com os dados consolidados pelo TSE por meio do que foi enviado pelos tribunais estaduais.
“O Tribunal Superior Eleitoral informa, em relação à apuração das eleições 2022, que não houve nenhuma alteração do que definido no primeiro semestre, nem qualquer acordo com as Forças Armadas ou entidades fiscalizadoras para permitir acesso diferenciado em tempo real aos dados enviados para a totalização do pleito eleitoral pelos TREs, cuja realização é competência constitucional da Justiça Eleitoral”, iniciou em nota.
Se o acordo existisse, os militares teriam acesso aos dados brutos, de forma online, fato que seria inédito na democracia brasileira.
Ainda por meio de nota, o TSE reiterou que foi implementada a novidade de publicação dos boletins de urnas pela rede mundial de computadores, após o encerramento da votação para acesso amplo e irrestrito de todas as entidades fiscalizadoras e do público em geral.
“Qualquer interessado poderá ir às seções eleitorais e somar livremente os BUs de uma, de dez, de trezentas ou de todas as urnas”, finalizou o TSE.
A Tarde
