Os erros muito além da margem de erro nas pesquisas produziram um choque de realidade nos jornalistas da Globo e GloboNews.
Ex-diretor do Datafolha, o comentarista Mauro Paulino disse ser necessário “relativizar” os resultados apresentados pelos principais institutos.
Em outras palavras, as emissoras precisam se apegar menos aos índices levantados e ir mais às ruas para ouvir o tal ‘Datapovo’ citado por Jair Bolsonaro.
Apesar do abalo na credibilidade das pesquisas, o Grupo Globo vai continuar a contratar o trabalho do Ipec e do Datafolha.
A primeira consulta a respeito do 2º turno deve ser divulgada na quarta-feira (5) no ‘Jornal Nacional’.
Mas quanto custa uma pesquisa de intenção de votos?
Os preços variam de acordo com a metodologia aplicada, o número de pessoas entrevistadas e de cidades mapeadas pelos pesquisadores.
Um levantamento simples, feito exclusivamente pela internet, custa R$ 25 mil. Uma pesquisa presidencial do Ipec, empresa de ex-funcionários do Ibope, não sai por menos de R$ 230 mil.
O Datafolha cobra R$ 470 mil pela consulta sobre votos para presidente da República. Muito utilizada por grandes empresas e o mercado financeiro, o Quaest oferece o mesmo serviço por R$ 140 mil.
Ainda que os institutos mais conceituados tenham acertado os índices das urnas no 2º turno de 2018, a recomendação na Globo e GloboNews é ter cautela ao usar os dados das próximas pesquisas.
Na noite de sábado (1), ao ser entrevistada na ‘Central das Eleições’, a CEO do Ipec, Márcia Cavalli, foi questionada como se sentia às vésperas da eleição. “Acabada”, disse, visivelmente cansada.
Agora, a pressão sobre os institutos de pesquisas por resultados confiáveis vai deixar suas equipes ainda mais nervosas.
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