Na noite dessa terça-feira (29) mais um homicídio foi registrado na cidade de Juazeiro, no norte da Bahia, desta feira o palco da vez foi o Residencial Dr. Humberto 2.
Segundo informações, o fato ocorreu na esquina da rua G. A vítima conhecida como Léo foi alvo de disparos de arma de fogo sem chances de defesa. Prepostos do SAMU foram acionados, mas ao chegarem no local a vitima já se encontrava sem os sinais vitais.
Léo é mais um que entra nas estatísticas dos homicídios da cidade de Juazeiro. A polícia militar isolou a área e acionou o DPT para realizar os procedimentos de praxe.
Conforme publicamos [Juazeiro tomada pela violência! ], somente no mês de novembro foram mais de 10 mortes, uma média de mais de 01 morte a cada 3 dias. São números assustadores, porque revelam não somente que as mortes estão supostamente ligadas a guerra do tráfico, mas a ineficiência das forças de segurança em conter a carnificina pelo os espaços de poder.
A omissão das forças de segurança na suposta guerra do trafico, na velha cultura “enquanto eles estão se matando está muito bom”, tem efeitos nefastos para a sociedade, não somente pelas mortes e a sensação de insegurança gerado pelo efeito das mortes. Mas porque a guerra geralmente é pelo poder territorial dos chefes do tráfico. Uma vez dominado o território, tem que haver a expansão do tráfico, intimidação das comunidades, ampliação da área; mais mortes; inocentes podem ser mortos; banalização da violência.
O Rio de Janeiro foi um dos primeiros estados a entrar na cultura “dos eles contra eles”, hoje as forças de segurança vivem a inoperância de não poder adentrar com segurança em áreas dominadas pelos criminosos.
Não é do conhecimento da maioria dos baianos, mas em Salvador existem bairros que a polícia não entra sem a presença de uma grande operação. A ronda policial no cotidiano para dar segurança ao cidadão não existe, porque as comunidades estão dominadas pelos chefões do tráfico.
O efeito perverso da inoperância em agir para conter a suposta guerra do tráfico, é que a cada dia o tráfico se expande para as grandes cidades do interior e distritos. É o caso de Juazeiro!
Por Lailson Silva