O promotor de Justiça Rildo Mendes de Carvalho, que é acusado de envolvimento em esquema de grilagem de terras, emitiu parecer em ação reivindicatória movida por José Valter Dias e a esposa dele, Ildeni Gonçalves Dias, pela posse de 366 mil hectares de terra em Formosa do Rio Preto. A área é apontada como um dos objetos de esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia investigado na Operação Faroeste.
O promotor foi acusado de envolvimento em suposto esquema de grilagem em Barra. Além dele, também foram acusados formalmente pela Procuradoria-Geral de Justiça a advogada Danielle Nair Mendes de Carvalho, esposa de Rildo, o engenheiro agrônomo Jailson Francisco da Silva e o comerciante Nailton Lopes de Oliveira. O parecer citado na ação proposta por José Valter Dias, vulgo “Borracheiro”, foi assinado em 25 de março.
Rildo de Carvalho é titular da 4ª Promotoria de Justiça de Juazeiro e, desde agosto do ano passado, foi designado pelo MP-BA para exercer também “funções pertinentes à sua anterior designação ou sua titularidade”, o posto de promotor em Formosa do Rio Preto no período de 25 de setembro de 2023 a 12 de outubro de 2024.
Na denúncia contra Rildo apresentada em 2019, o promotor e os outros três acusados formaram organização criminosa, com objetivo de se apropriar irregularmente de terras do município. Eles são acusados dos crimes de falsidade ideológica e estelionato. Juntos, eles tentaram tornar legal a irregular apropriação de uma grande porção de terra na cidade, pertencente ao governo, com alto potencial de valorização para o agronegócio e para a energia eólica.
Fonte: Bahia Notícias.