JUAZEIRO

Universidades federais de PE precisam de recursos adicionais para não fecharem

Em uma coletiva realizada nesta sexta-feira (3), os representantes das universidades federais de Pernambuco detalharam a situação orçamentária para 2024. Eles revelaram que, para evitar um déficit no final do ano, é necessária uma recomposição de R$ 437 milhões, valor já corrigido pela inflação. No contexto nacional, o aumento necessário é de R$ 2,5 bilhões.

Os reitores das universidades, incluindo Alfredo Gomes da UFPE, Marcelo Carneiro da UFRPE, Telio Nobre da Univasf e Airon Aparecido da Ufape, estavam presentes na coletiva. Eles destacaram a diminuição drástica de cerca de R$ 128 milhões no orçamento, comparando a Lei Orçamentária Anual (LOA) deste ano com o investimento de 2014.

As universidades têm enfrentado uma diminuição constante em seus orçamentos ao longo dos últimos 10 anos. Em 2014, R$ 399 milhões foram alocados para financiar três universidades. Em 2024, mesmo com a adição da quarta universidade, a Ufape, o orçamento diminuiu para R$ 271 milhões.

Os reitores enfatizaram que, apesar dos desafios financeiros, não há possibilidade de fechamento das instituições. No entanto, eles alertaram que a situação é grave e que decisões urgentes precisam ser tomadas pelo Ministério da Educação. Os reitores estão esperançosos de que a situação será resolvida até o final do ano com a ajuda do Governo Federal. Eles sugeriram que uma possível solução seria o redirecionamento de uma parcela do Produto Interno Bruto (PIB) para a área da educação.

Greve

Atualmente, os técnicos administrativos e professores das universidades federais do Brasil estão em greve, aguardando uma resolução com o Governo Federal para atender às suas reivindicações, como reajuste salarial e progressão na carreira. Enquanto a situação não é resolvida, os estudantes continuam sem aulas ou perspectiva de retorno das atividades curriculares.