Ninguém duvida da capacidade que o ex-prefeito Isaac Carvalho tem de mentir, enganar pessoas comuns, mas enganar políticos experientes. Ele se superou ou os políticos deixaram que as suas vaidades e ambições pessoais sobrepujassem a capacidade razoável de perceber o conto do vigário?
O coronel Anselmo Bispo, terminou em terceiro lugar na disputa em 2020, com 12 mil votos. Abandonou todo o seu grupo, composto na sua grande maioria de bolsonaristas para fazer o “L” no PT.
Ribeiro da Hidroforte, empresário conceituado que poderia ser a esperança de uma terceira via política em Juazeiro. Abandonou a pré-candidatura para apoiar Isaac.
Edson Tanuri, empresário, filho, neto e irmão de políticos. Diferente dos demais, desde o início também nutria a esperança de ser indicado por Isaac para ser o candidato a prefeito, caso perdurasse a inelegibilidade do ex-prefeito.
Ainda teve o empresário Márcio Jandir, que também foi enganado por Isaac, embora tenha percebido o golpe, deixou o PT e se filiando ao PP. No dia 05/08 a convenção do partido o indicou como candidato a prefeito.
A única que não foi enganada, talvez, foi Ellen Carvalho, esposa de Isaac, que sempre soube que em qualquer circunstancia seria “laranja” no projeto do marido.
O conto do vigário
Uma das versões mais consolidadas do conto do vigário fala de uma história que aconteceu no século XVIII na cidade de Ouro Preto entre duas paróquias: a de Pilar e a da Conceição que queriam a mesma imagem de Nossa Senhora.
Um dos vigários propôs que amarrassem a santa no burro ali presente e o colocasse entre as duas igrejas. A igreja que o burro tomasse direção ficaria com a santa. Acontece que, o burro era do vigário da igreja de Pilar e o burro se direcionou para lá deixando o vigário vigarista com a imagem.