JUAZEIRO POLÍTICA

Opinião: 30 dias de desGoverno Andrei da Caixa

O governo do prefeito Andrei da Caixa (MDB) completou 30 dias na quinta-feira (30). Desde os primeiros dias, a gestão tem sido alvo de críticas, especialmente por nomeações de figuras já conhecidas da política de Juazeiro. Entre os casos mais comentados, está a nomeação do filho do ex-prefeito Paulo Bomfim para o cargo de assessor especial, com um salário de R$ 15.000. A nomeação gerou grande repercussão, pois trata-se de um jovem sem experiência profissional, o que levou muitos a questionarem se ele realmente exercerá alguma função relevante na administração.

Além das críticas sobre a composição do governo, Andrei tem investido fortemente na produção de conteúdo para as redes sociais, o que lhe rendeu o apelido de “prefeito blogueiro”. Embora a comunicação seja importante, há uma crescente insatisfação entre seus próprios apoiadores, que começam a questionar a insistência do prefeito em culpar a gestão anterior por todos os problemas da cidade. Um exemplo disso foi a polêmica em torno da frota de veículos da saúde: o prefeito alegou que recebeu um sistema sucateado, mas muitos dos carros parados na garagem já tinham mais de 20 anos de uso, o que indica um problema antigo.

Outro ponto controverso é a forma como Andrei tem anunciado obras na cidade. A revitalização do bairro Novo Encontro, por exemplo, é fruto de uma emenda parlamentar do deputado Adolfo Viana, mas foi divulgada como um projeto do governo federal, sem o devido crédito ao parlamentar. A falta de transparência nessas informações tem gerado desconfiança entre a população.

Embora ninguém espere grandes obras logo no primeiro ano de governo, os serviços essenciais, como limpeza urbana, capina, iluminação pública e manutenção do sistema de esgoto, precisam funcionar. No entanto, até o momento, não há sinais de avanços concretos nessas áreas.

Em resumo, Andrei da Caixa venceu as eleições com muitas promessas e gerou grande expectativa entre os eleitores. Mas expectativa demais pode ser um grande risco: se não houver entregas reais, a frustração da população pode crescer rapidamente. O desafio do prefeito, agora, é sair do discurso e partir para a ação.

Maria das Grotas
Juazeirense

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