O prefeito Andrei Gonçalves conseguiu o que parecia impossível: apagar Juazeiro do mapa do Carnaval baiano. A campanha publicitária do governo estadual tem em seu slogan “Da Chapada ao Litoral, na Bahia toda tem Carnaval”, mas Juazeiro foi excluído por puro descaso da gestão municipal. Enquanto cidades menores planejam suas festividades, os juazeirenses assistem ao cancelamento de sua festa sob a falaciosa justificativa da falta de recursos.
A verdade é outra. Dinheiro há, mas falta gestão e respeito pela tradição do povo. A prefeitura mantém uma folha inchada com comissionados escolhidos por critérios políticos, enquanto o turismo e a economia local sofrem.
A desculpa do “colapso financeiro” não convence. O Carnaval gera empregos, movimenta comércios e fortalece a identidade cultural. O problema não é financeiro, mas politiqueiro: o prefeito, aliado do governador Jerônimo Rodrigues, prefere beneficiar apadrinhados do que investir na população.
O Carnaval de Juazeiro foi enterrado não pela falta de dinheiro, mas pela falta de vergonha na cara de quem deveria ordenar as despesas. A população não esquecerá.
