A alegação de que o carnaval deste ano não foi realizado por falta de recursos vai, aos poucos, se revelando uma grande mentira. Prova disso é que, agora em abril, o governo do Estado está apoiando um evento evangélico de grande porte: o “Canta Bahia”, que acontecerá nos dias 18 e 19. Trata-se de uma celebração religiosa tradicional em Salvador, mas que, em pleno ano pré-eleitoral, está sendo expandida para diversos municípios, com apoio do Estado.
A verdade é que a não realização do carnaval foi uma escolha do prefeito Andrei da Caixa. Mesmo com o apoio financeiro do governo estadual, ele não teve disposição, planejamento nem vontade política para viabilizar o evento. Faltou articulação para buscar parcerias com a iniciativa privada e garantir que a festa ocorresse, como sempre foi tradição em Juazeiro.
Quem perdeu foi a cidade. Deixamos de movimentar a economia local, gerar empregos temporários e atrair turistas. O carnaval é parte do calendário cultural e econômico do município, e sua ausência foi sentida por todos que dependem direta ou indiretamente do evento.
Há leitores que comentam que o prefeito, por ser evangélico, teria boicotado o carnaval por questões religiosas e agora estaria promovendo um “carnaval gospel”. Ainda que essa hipótese esteja sendo levantada, acredito que o que realmente impediu a festa foi a incompetência administrativa, a inoperância e a total falta de planejamento da gestão municipal.
