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Mão de Brigitte na cara de Macron constrange governo francês

Um safanão da primeira-dama Brigitte Macron no rosto do marido, Emmanuel Macron, acabou ofuscando a parte oficial da visita do presidente francês ao Vietnã.

A cena foi flagrada pelas câmeras no domingo (25), no momento em que a porta do avião presidencial se abriu, no desembarque em Hanói. De fora, era possível ver Macron virado em direção à frente da aeronave. De repente, surge a mão de Brigitte —reconhecível pela manga vermelha do casaco que estava usando— empurrando o queixo do marido.

Visivelmente constrangido, o presidente vira-se para os fotógrafos que o aguardavam no pé da escada do avião e acena, com um sorriso amarelo. Em seguida, Brigitte aparece e os dois descem os degraus. O presidente parece oferecer o braço à mulher, mas ela desce um pouco atrás dele, sem segurá-lo.

A assessoria da Presidência da França desmentiu o incidente, de início. Depois, diante de pelo menos dois vídeos da cena que viralizaram nas redes sociais, funcionários a atribuíram, segundo a AFP, a um mero “momento de cumplicidade, um último momento de descontração antes da visita”.

A mesma pessoa que falou com a agência de notícias usou o termo “chamaillerie” para descrever o episódio, que em português poderia ser traduzido como “rusga” ou “briguinha”, e lamentou que a cena “sirva de material para teorias conspiratórias”.

A grande diferença de idade entre Emmanuel, 47, e Brigitte, 72, é motivo constante de maledicências disseminadas nas redes sociais na França.

Os dois se conheceram quando o atual presidente francês tinha 15 anos e era aluno de Brigitte em uma oficina de teatro na escola onde estudava. Na época, ela era casada e divorciou-se em 2006, um ano antes de casar-se com Macron.

A teoria conspiratória mais delirante sobre o casal é que Brigitte teria nascido homem, com o nome de Jean-Michel Trogneux. Trata-se, na verdade, do nome do irmão dela. Duas youtubers foram condenadas por difamação em 2023 acusadas de espalhar o boato, mas o rumor persiste, especialmente nos meios de ultradireita.

 

André Fontenelle / Folhapress

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