Após 4 meses de muita conversa e pouca ação, torrando os recursos extras em compras dispensadas de licitações (cestas básicas, equipamentos de EPI, etc.) o que era previsível se revelou. A saúde pública de Juazeiro vive há anos em estado permanente de calamidade, não tem estrutura para enfrentar uma EPIDEMIA DE DIARREIA dirá uma PANDEMIA VIRAL e pior, sem uma vacina inventada ou outros tipos de medicamentos para enfrentá-la.
Desde o início a fórmula para o enfrentamento da PRIMEIRA ONDA pelas autoridades públicas sanitárias estão desenhadas à partir da China: AFASTAMENTO SOCIAL OBRIGATÓRIO X INFRAESTRUTURAÇÃO DAS UNIDADES DE SAÚDE PRINCIPALMENTE COM RESPIRADORES E LEITOS DE UTI X MONITORAMENTO DOS NÚMEROS X ELABORAÇÃO DE PROTOCOLOS. Paralelamente a esse conjunto de providências é dever de cada governo com o mínimo de competência envidar esforços para atenuar os efeitos da SEGUNDA ONDA, a paralisação quase total da economia.
O fechamento das atividades econômicas, principalmente nas áreas urbanas colocou em risco a sobrevivência de milhares de empresas e de milhões de empregos e aqui não é diferente. Não se viu, ao longo desse período, um só ato do executivo ou do legislativo municipal que pelo menos sinalizasse preocupação.
Não se tentou implementar algum programa de compensação social a parcela da população que sobrevive da informalidade, não se discutiu alguma redução ou postergação de taxas e tributos, não se promoveu qualquer articulação junto aos agentes financeiros e as entidades representativas dos segmentos produtivos para tentar facilitar o acesso dos MEIs e das MICRO e PEQUENAS EMPRESAS as diversas linhas emergenciais de crédito.
As referidas entidades somente são convocadas ao Paço Municipal para comporem o cenário onde o prefeito e a secretária de saúde anunciam mais um adiamento de retomada das atividades em todas as áreas. Mais uma vez, é inevitável o comparativo, apenas 800 metros nos separam de Petrolina e as duas se constituem um aglomerado urbano único enfeitado pelo Rio São Francisco.
Fica a pergunta; por que os indicadores são tão diferentes se o VÍRUS não é bairrista? A resposta é simples; um lado tem GOVERNO e do outro um agrupamento de forasteiros que usam o poder num projeto de permanente locupletação sem compromisso com o seu povo, seu destino e sua história. Se não houver providências, hoje corremos os riscos de morrer definitivamente pela COVID e depois de novembro de continuar morrendo aos poucos vítimas da nossa condescendência e da incompetência generalizada.
Fonte: RádiowebJuazeiro