O deputado federal Anderson Machado de Jesus do Democratas popularmente conhecido por Igor Kannário postou em suas redes sociais nesta sexta-feira (12) indicação ao governo federal para retomada da obra da Travessia Urbana.
“A retomada das obras de Travessia Urbana de Juazeiro é de extrema importância para o setor fruticultor, para o conforto e segurança da população e para ajudar a região a fortalecer sua economia, consequentemente, a gerar empregos” expressou o parlamentar no Instagram e no Facebook.
“Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), apenas 1,6km foram concluídos dos 9,30km que estavam previstos. A obra é esperada pela população há quase 08 anos” acrescentou Igor Kannário.
Essa foi uma das muitas promessas feitas pelo ex-prefeito Isaac Carvalho à época no PCdoB, hoje filiado ao PT.
A obra da Travessia Urbana previa a duplicação da BR-407, no trecho urbano entre a ponte Presidente Dutra e a entrada do Distrito Industrial, que compreende cerca de 10 km de extensão. O investimento seria de R$ 76,6 milhões e incluiria novas pistas e viadutos que iriam melhorar a mobilidade em Juazeiro.
Mas a obra parou porque o TCU constatou irregularidades. Segundo o Relatório de fiscalização do Tribunal de Contas de União (TCU) há várias irregularidades na obra da Travessia Urbana em Juazeiro, principalmente no superfaturamento no preço da brita, razão pela qual a obra foi paralisada, e não tem data para o retorno.
Confira um trecho do relatório do TCU:
Verifica-se na tabela acima que a amostra analisada soma R$61.189.294,00, correspondente à 80,96% do valor total do orçamento (R$75.584.019,08). Nessa amostra, o sobrepreço calculado totaliza R$8.058.259,83, representando elevação de R$15,17% sobre o valor adequado (R$53.131.034,17) e 11,93% se comparado ao valor total adequado da peça de custos [R$8.058.259,83 / (R$75.584.019,08 – R$8.058.259,83)].
As composições de custos unitários adotadas nas análises encontram-se juntadas aos autos (Evidência 67; pág. 4/18), podendo ser destacado que a elevação decorre, basicamente, de dois aspectos:
i) adoção de preço unitário elevado para o insumo brita sem a devida fundamentação; e ii) impropriedade na composição de custos dos serviços “Muro de escama de concreto armado em solo reforçado com fita
metálica”.