Em reunião nesta quarta-feira, 17, após carreata contra o decreto do Governo de Pernambuco, empresários de Petrolina decidiram que vão abrir o comércio mesmo com o novo Decreto anunciado no inicio da semana, que determina o fechamento dos comércios ditos “não essenciais” pelo período de 18 a 28 de março de 2021.
“Petrolina optou por abrir, apenas (as empresas) do centro da cidade por uma questão estratégica. A gente não sabe como vai ser a abordagem do governo através da Policia Militar. O centro é uma região que ficam mais próximos todos os comércios. A gente vai unir todos os empresários e funcionários para coibir qualquer ação arbitrária da Policia Militar pra gente tentar sobreviver e funcionar nosso negócio respeitando todas as medidas restritivas”, afirmou em vídeo divulgado nas redes sociais, o empresário Diogo Lima da Academia Vila Catavento localizada no bairro Vila Eduardo. “A nossa atividade por ser nossa fonte de renda, é essencial”, disse para todos os petrolinenses.
Diogo questionou as decisões do ano passado que para ele, culminaram no cenário que a população está vivenciando. “O tempo foi dado para eles (os governantes) estruturarem o sistema de saúde, mas eles fizeram o contrário, retiraram hospital de campanha, diminuíram a quantidade de leitos e fizeram campanha política como se nada tivesse acontecendo e agora querem transferir toda a responsabilidade para a população, e mais uma vez e transferindo todo esse prejuízo pra gente, e consequentemente para os funcionários”, afirmou.
Sobre o novo decreto, o empresário ainda declarou, “Estamos todos no mesmo barco! A gente está sendo conduzido por pessoas mau caráter. Quem está conduzindo o Estado não tem nenhuma responsabilidade com o cidadão, eles acham, por exemplo, que concessionária de veículos é muito mais importante que nossas atividades. Simplesmente porque um dos secretários do governo é dono das maiores concessionárias de Pernambuco ou se não um dos maiores concessionários do Brasil. Infelizmente não dá pra dialogar com pessoas com esse escrúpulo”, resumiu.
Segundo Diogo, ano passado, os empresários em Petrolina aderiram as medidas com a esperança de que após um ano, os governos teriam estruturado todo o sistema para o enfrentamento da Covid-19. “Esse ano não tem auxilio e a empresa que fechar suas portas não vai abrir nunca mais”, lamentou.
Iana Lima Jornalista