BAHIA POLÍCIA

“Meu desejo era ser coronel, mas precisaria levantar alguma bandeira política”,afirma Tenente-coronel Amon Pereira

O Tenente-coronel da Polícia Militar, Amon Pereira, confirmou em entrevista ao Conectado News que após 38 anos de Polícia está indo para a reserva remunerada. O Coronel já atuou como Comandante da 64º CIPM em Feira de Santana e já passou por diversas cidades da Bahia como Teixeira de Freitas e Euclides da Cunha.

O TC Amon diz que sempre desejou era chegar a Coronel, mas percebeu que para isso precisaria levantar alguma bandeira política. “Eu entrei para ser Coronel, mas infelizmente eu vejo que as pessoas que chegaram a esse posto, foi porque suplicaram às bandeiras para ter o cargo. Eu não tenho que mendigar bandeira nenhuma, eu entrei na PM por questões vocacionais, por amor”, conta.

Em texto postado nas redes sociais o TC Amon desabafou:

Sem manchas e sem nenhum tipo de enfermidade ou anomalia nem na alma e nem no físico, encerra-se um ciclo de amor e dedicação a uma causa de genuíno afeto e devoção a mais nobre das intuições. Essa sim exercita o regime democrático de direito e se faz presente em todos os momentos de desconforto ou furdunço social.

Agradeço a casa do SABER (Academia da Polícia Militar) que através dos seus instrutores e monitores à época me ensinou, manter o empenho e proveito em aprender, inovar, criar e principalmente a respeitar multiplicidade de pensamentos e ideias de todos nós integrantes da sociedade e de sermos dotados de sentimentos a fim de percebemos e atender aos nossos anseios e da sociedade. Sou imensamente grato aos docentes civis e militares que passaram e contribuíram na minha formação Policial Militar.

Se “viajando “paro, olho pelo o retrovisor e vejo o que mais chama atenção do meu coração é o respeito daqueles que labutaram ombreado comigo pelas ruas e madrugadas em prol do bem-estar social pelas minhas convicções pessoais e profissional. Expresso a minha gratidão e admiração a todos aqueles irmãos que se dedicaram e se dedicam a essa notável incumbência de servir e proteger. Agradeço e peço a Deus por aqueles que tive a oportunidade de conviver e que não estão mais aqui, Deus seja gracioso e misericordioso com todos eles, guardo boas lembranças…!

A dificuldade de ser um agente de segurança pública (PM) guardião da vida e da liberdade é na maioria das vezes desconhecido e torna-se invisível aos olhos de muitos da sociedade e dos próprios “ deficientes visuais “ da estrutura (PM) a qual pertenço. Profissão que escolhi e me acolheu durante trinta e oito anos de amor e labuta. Repito, é uma das mais nobres e desafiadora que existe, ainda assim, não valorizada quanto deveria ser pelo seu CHEFE de ESTADO. Desafios e resistência não faltam, trabalhar com infortúnio ou adversidades cada vez extremas, é um reflexo da sociedade em que vivemos não é e nunca será fácil. O que nos falta é reconhecimento e valorização entre nós mesmo, não é apenas uma questão financeira e sim uma política que abrace a instituição em questões sociais e profissionais. Esse é o descaso e a falta de reconhecimento da dignidade humana pelo ESTADO com os PROFISSIONAIS QUE ARRISCAM AS SUAS VIDAS DIARIAMENTE NAS RUAS É TRISTE.

Assim me disperso do SINETO DE AMOR, Deus abençoe todos os que ficam e aos que cumpriram a missão

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