Quando foi eleita em novembro de 2020 com mais de 64 mil votos, recorde na história politica de Juazeiro, a prefeita Suzana Ramos deveria saber que teve uma maioria esmagadora de juazeirenses que acreditou nela, por isso, o apoio popular era inconteste, dando a prefeita poderes para governar de forma tranquila. Mas a Suzana Ramos escolheu governar com o seu coração, sem a alma e o espírito republicano.
Loteou a prefeitura com os aliados, nada fora do comum da política nacional, mas deveria ter tido o cuidado e o zelo em nomear quem os aliados indicavam. Ela tinha autoridade popular para dizer não a indicação de nomes sem aprovação do povo, ou que já passaram por outras gestões.
O resultado de tudo isso? São 16 meses de crises políticas uma atrás da outra. Desde o dia 1 de janeiro que o governo entra e sai de crises, algumas sem nenhum fundamento, mas que ganharam corpo e dimensão por falta de gestão política. Outras provocadas por aliados, – fogo amigo. Esse foi o que mais ajudou a criar as crises.
Agora próximo as eleições, os grupos dentro do governo começam a mostrar os seus lados e escolhas políticas. Expondo e fragilizando mais a gestão.
A prefeita prenuncia que vai fazer uma reforma administrativa. Na quinta-feira, 28, foi exonerado o diretor do IPJ, Marcus Onildo, a previsão que vai ter mais exonerações.
Com a exoneração de Marcus Onildo, houve muitas manifestações popular de apoio a prefeita, inclusive de opositores ferrenhos, a exemplo do moto-taxista, Romário Pacheco. Em um áudio enviado para um grupo de mensagens, o moto-taxista declara que se a prefeita expurgar alguns nomes ou pessoas ligadas a grupos políticos tradicionais, ele passa apoiar a gestão municipal.
Servidores também manifestaram um misto de ansiedade e apoio as decisões da prefeita quanto a reforma administrativa. Uma professora que não quis se identificar, disse que vai orar para Deus iluminar a vida da prefeita, e “que ela tome logo essa decisão, pois a população não aguenta mais tanta aflição e descaso”.