A suposta venda de uma recém-nascida em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, a um casal do Rio de Janeiro é alvo de investigação da Polícia Civil do Estado. Segundo relatos repassados à corporação, a bebê estaria sendo vendida pela própria mãe, uma mulher de 20 anos.
Os três foram autuados por outras ocorrências contra a pessoa na Delegacia de Gravatá. “As investigações começaram e seguem até o esclarecimento do fato”, informou a Polícia Civil, por meio de nota.
“Soubemos que ela tinha ido à Defensoria Pública, que informou não fazer esse tipo de declaração. O Conselho Tutelar já havia levantado endereço”, explicou.
O secretário disse ainda que a criança nasceu em uma maternidade de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata do Estado. A mãe tentou, com o casal do Rio, registrar a criança na cidade, mas encontrou o cartório fechado. O trio foi então até Chã Grande, também na Mata, e não conseguiu registrar por não ser o local de residência da mãe. A criança foi, por fim, registrada já em Gravatá.
“Em casa, ela disse que a criança tinha nascido sem vida. Ela saiu da maternidade e já tinha passado as crianças para essas pessoas. Não queria que os familiares soubessem da história”, completou Irnaldo. A Guarda Municipal conduziu o casal e a mãe para a Delegacia de Gravatá.
Suposta venda
Em relação à suposta venda, o secretário informou que o homem do Rio de Janeiro chegou a relatar que se conheceram no site de compra e venda quando a mãe estava com oito meses de gravidez. “Eles não confessaram. O delegado vai dar continuidade às investigações. Não podia comprovar, só tinha suspeita que era venda”, disse.
O conselheiro tutelar de Gravatá Adilson Santos relatou que informações que chegaram apontavam que a mãe tinha conhecido o casal num site de compra e venda e que mantinham contato.
“Quando a criança nasceu, vieram para cá. Não se sabe se realmente tinha sido vendido, a investigação que vai conseguir algo”, disse. “Ela [a mãe] afirma que tinha dado a criança”, completou.
O conselheiro afirmou ainda que apenas o nome da mãe consta na certidão de nascimento da recém-nascida. “A criança está sob a responsabilidade do Estado, está acolhida. Agora é com o juiz. Se devolve para a mãe, se entrega para a família. O pai que não está registrado pode entrar em contato e fazer DNA”, esclareceu Adilson.
Por: Folha de pernambuco